A cada dia a movimentação para garantir a reeleição de Theodorico Ferraço (DEM) para a presidência da Assembleia se mais distante. O atual presidente da Casa declarou que não vai concorrer ao cargo e por isso, o plenário deve começar a discutir uma alternativa para a disputa. Mas a possibilidade de escolher um nome que não seja “dócil” ao governador eleito Paulo Hartung (PMDB) também se torna remota.
Três peemedebistas estariam na disputa pela presidência da Casa: Hércules Silveira, Luzia Toledo e Guerino Zanon. Mas todos teriam problemas para materializar suas candidaturas. Hércules não agradaria o governador eleito Paulo Hartung, que prefere um nome mais. Neste sentido, o nome de Guerino Zanon parece ser o mais forte, mas na Casa há muita gente que duvida da escolha do ex-prefeito de Linhares, justamente por causa de suas pretensões eleitorais em 2016.
Para disputar o mandato, a partir deste ano a movimentação do peemedebista se volta para Linhares. Em 2016, ele deve se afastar, como fez em 2008, quando disputou a eleição municipal. Esta instabilidade à frente da Mesa pode não agradar Paulo Hartung, que precisa de um nome leal e estável para garantir a harmonia com o Legislativo.
Neste sentido, o nome de Luzia Toledo agradaria Hartung. Governista de carteirinha, a deputada apoiou o ex-governador na campanha deste ano e não tem o perfil de confronto. O problema de Luzia seria o trânsito na Casa com os demais parlamentares, que observam a movimentação da Mesa com grande interesse.
Entre os deputados novatos, os holofotes se voltam para a experiência de Enivaldo dos Anjos (PSD), mas o PSD estava no palanque de Renato Casagrande, o que pode dificultar essa movimentação, embora o deputado eleito tenha um jogo de cintura conhecido nos meios políticos para driblar embaraços desse tipo.
A eleição da Assembleia só acontece em fevereiro, depois que os deputados retornarem do recesso parlamentar, até lá muitas conversas devem acontecer entre os reeleitos, os novatos, que são maioria na Casa, e Paulo Hartung.
A casa deve buscar um nome de consenso, mas a aposta é que sem o aval do governador eleito, vai ser difícil a Assembleia chegar a um denominador comum.