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Com o fim da neutralidade, Casagrande deve intensificar as críticas ao governo Dilma

O secretário-chefe da Casa Civil, Tyago Hoffman em entrevista à Rádio CBN, na manhã desta segunda-feira (16), falou sobre a falta de recursos para a reconstrução dos 54 municípios capixabas atingidos pela chuva em dezembro de 2013. Na entrevista, Hoffmann transformou limão em limonada. Em um discurso que atende a várias estratégias para a eleição deste ano, ele se encarregou de transferir para o governo federal a culpa pela atraso dos recursos. 
 
O discurso só é possível porque o governador Renato Casagrande rompeu, no início de maio último, com a posição de neutralidade em relação à disputa nacional. Para os meios políticos, a movimentação presidencial consiste na posição do candidato socialista à Presidência, Eduardo Campos em disparar contra o governo federal. Uma estratégia conjunta da oposição, que fortalece o tucano Aécio Neves na disputa.
 
Na entrevista, Hoffmann afirma que a parte do governo do Estado, referente ao repasse de recursos para os municípios atingidos pelas chuvas, foi feita. Trata-se do repasse de R$ 164 milhões (parte dos R$ 540 milhões) para os municípios, um recurso, que na verdade já estava empenhado em favor das prefeituras, graças a um projeto do governo, aprovado no ano passado de repasse de recursos para os municípios. 
 
A verba que seria usada para implementar os investimentos, depois da diminuição dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Portuário (Fundap) foi aplicada em obras emergenciais por causa das chuvas. Neste sentido, Hoffmann jogou no colo do governo federal a responsabilidade pelo restante dos recursos, orçados em R$ 1 milhão, deixando transparecer que o governo da presidente Dilma não está cumprindo a parte que cabia ao governo federal.
 
O discurso do secretário, para os meios políticos, teve um viés muito mais políticos do que administrativo, já que além de blindar a imagem de Casagrande, mostrando que ele se empenhou na recuperação das cidades, também lustra a imagem dos deputados estaduais, que aprovaram o projeto em regime de urgência. De quebra, ainda ataca a candidatura da presidente Dilma à reeleição, ajudando, de alguma maneira, o correligionário Eduardo Campos.
 
No campo nacional, o candidato a presidência do PSB partiu para o ataque. Campos intensificou as críticas ao governo federal, tentando adotar um discurso anticorrupção. Como Casagrande é o único governador socialista fora do Nordeste, Campos vai contar com o apoio do governador capixaba para construir um palanque voltado para a oposição também no Estado. 

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