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Dança das cadeiras mexe com equilíbrio de bancadas no Legislativo

O resultado das eleições municipais e as iminentes mudanças no secretariado do governador Renato Casagrande vão trazer alterações significativas no equilíbrio das bancadas na Assembleia, no que diz respeito ao número de deputados. O PMDB ganha com as mexidas, já o DEM sai enfraquecido.

A maior bancada da Casa hoje é o PMDB. Se confirmadas as mudanças que vêm sendo ventiladas nos bastidores, deve continuar assim. O partido tem seis deputados: Sérgio Borges, Luzia Toledo, Marcelo Santos, Hércules Silveira, Solange Lube e Esmael Almeida. Com o retorno do secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Coelho (PT) à Casa, como já anunciado, Esmael, que foi eleito na mesma coligação, perderia o mandato.

Perderia, porque há uma movimentação palaciana para mantê-lo no plenário. O governo, ventila-se, pretende puxar para o secretariado o deputado do PT, Roberto Carlos, garantindo assim a permanência do peemedebista. Roberto Carlos ocuparia a Casa Civil, para dar ao governo maior capacidade de articulação com os demais poderes, principalmente, com a Assembleia.

Por outro lado, há uma insatisfação no plenário com a ideia de que um colega ocupe a Casa Civil, o que lhe daria uma posição diferenciada em relação aos demais parlamentares. Quanto a Esmael, o PMDB não estaria tão interessado assim em proteger o peemedebista, já que o filho dele, o vereador eleito por Vitória, David Esmael, foi eleito pelo PSB e não pelo PMDB. Essas ações podem também alterar as movimentações na Casa.

Ainda que difícil, o PMDB pode se beneficiar com uma sétima cadeira, caso o ex-deputado Paulo Roberto consiga na Justiça garantir a suplência na vaga de um dos deputados eleitos. Paulo Roberto estava filiado ao PMN, em 2010, quando disputou a reeleição para a Assembleia. Ele migrou, posteriormente, para o PMDB, o que faria com que perdesse a vaga, mas vem garantindo que vai assumir.

A legislação é clara sobre o assunto e, nesse caso, a vaga seria para o próximo suplente da coligação, o vereador de Colatina Omir Castiglioni (PSDB). Mas como Paulo Roberto já conseguiu a vaga na Justiça uma vez, ninguém duvida que possa repetir o feito.

Se o PMDB se fortalece com as mexidas do próximo ano, o DEM sai relativamente prejudicado. O partido deve conseguir a recondução de Theodorico Ferraço para a presidência da Casa, mas vai perder dois deputados, já que Luciano Pereira foi eleito prefeito de Barra de São Francisco e Rodney Miranda, de Vila Velha. Além deles, completam a bancada Elcio Alvares e Atayde Armani.

O PT tem quatro deputados e devido à manobra palaciana para manter Esmael Almeida na Casa, deve perder uma vaga. Se Roberto Carlos for mesmo para a Casa Civil, ficam Rodrigo Coelho, Lúcia Dornellas e o veterano Claudio Vereza.

O PDT ficará com a bancada do mesmo tamanho. O deputado Marcelo Coelho se elegeu em Aracruz, mas a suplência é de Euclerio Sampaio, do mesmo partido. Ele vai dividir a bancada com Aparecida Denadai, Luiz Durão e Da Vitória.

O PR continuará com seus três deputados: Glauber Coelho, que disputou a eleição em Cachoeiro, mas não obteve êxito, além de José Esmeraldo e Gilsinho Lopes. Os dois deputados do PV também não tiveram sucesso na eleição e ficarão na Casa. Gildevan Fernandes, disputou em Pinheiros e Sandro Locutor, em Cariacica.

José Carlos Elias (PTB), que disputou a eleição em Linhares, mas saiu derrotado é cotado para assumir uma secretaria na gestão de Nozinho Correa (PDT), o que levaria para a Assembleia o ex-governador Max Mauro (PTB).

Dos partidos com apenas um deputado, apenas o PPS de Luciano Rezende perderá representação na Casa, já que o deputado foi eleito prefeito de Vitória e o suplente da coligação não é um quadro de seu partido. Cacau Lorenzoni (PP) garante as cadeiras de suas siglas na Casa. O partido do governador Casagrande, continua com uma cadeira, que é ocupada pelo deputado mateense Eustáquio de Freitas.

Enquanto o PPS perde a representação na Casa, o PSDB que não tinha deputado pode ocupar até duas cadeiras de uma só vez. A primeira está garantida para o vereador de Cachoeiro, Marcus Mansur, a segunda o partido deve brigar na Justiça com Paulo Roberto. Se vencer, Omir Castiglioni garante a segunda vaga tucana.

O PMN também volta a ter representação na Casa, com a ex-deputada Janete de Sá. O governador Renato Casagrande também estaria articulando para que Paulo Roberto retorne ao PMN, reforçando a bancada na Casa.

Outra dúvida sobre suplência está na vaga de Henrique Vargas, eleito prefeito de São Gabriel da Palha e que ao lado de Dary Pagung formam a bancada do PRP. O suplente é o vereador da Serra Jamir Malini, que pode desistir da vaga em troca da presidência da Câmara do Município. Neste caso, ou o PRP pode voltar a ter dois deputados com a ida do presidente da Câmara de Guarapari, José Raimundo Dantas, para a Casa, ou o PCdoB, do vereador de Vitória, Namy Chequer pode assumir a vaga.

Isso vai depender da peleja que Dantas trava no TSE para tentar validar seus votos de vereador conquistados na última eleição. No caso dele é mais vantajoso permanecer em Guarapari. Já para Namy seria uma oportunidade de ampliar a base e conquistar uma reeleição na Assembleia em 2014.

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