Na sessão ordinária dessa terça-feira (29), o plenário da Assembleia aprovou as regras para a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES) . Agora cabe a cada um dos 20 candidatos correr atrás dos votos dos deputados.
O deputado Sérgio Borges (PMDB) segue como favorito nos bastidores, mas os outros deputados-candidatos tentam reverter este cenário. Borges é preferido por seu trânsito na Casa e um dos pontos mais favoráveis para a sua escolha é o fato de estar na idade limite para a concorrência.
Com 65 anos, o deputado ficaria apenas cinco anos no Tribunal, acelerando a fila sucessória. O deputado já estava cotado para a disputa desde o ano passado, mas a pressão popular para que pessoas de fora da Casa pudessem disputar atrapalhou a movimentação inicial.
O deputado Claudio Vereza (PT) teria cerca de 10 anos no Tribunal, por isso é menos atraente para o plenário. Além disso, ainda ecoa entre os deputados mais antigos da Casa uma certa insatisfação com o período em que o petista esteve à frente da Assembleia.
Dono de seis mandatos legislativos, o Tribunal de Contas seria uma forma de Vereza não ser pressionado pelo partido a disputar pela sétima vez a vaga de deputado estadual. Mas nos bastidores os comentários são de que os votos de Vereza devem ficar restritos à bancada do PT.
Um nome que sempre esteve no foco da observação da classe política é o do deputado Dary Pagung (PRP). A candidatura do deputado surgiu como uma alternativa, caso Sérgio Borges não pudesse disputar a eleição. Mas acabou caindo na graça do Tribunal de Contas e hoje seria o candidato entre os deputados que mais agradaria ao plenário do TCES.
Um nome que não colou no plenário é o do deputado estadual Paulo Roberto (PMDB). O parlamentar que entrou na Assembleia, no início do ano, como suplente, colocou o nome na disputa sem ter conversado com os demais deputados estaduais. Isso causou mal-estar na Casa.
Quanto aos nomes extra-plenário, a impressão que se tem é que não será desta vez que um candidato de fora será escolhido. Mesmo com a insistência dos candidatos, de todo o processo de sabatinas, a expectativa é de que um candidato com mandato seja eleito.