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E o presidente?

Colocados os palanques de Renato Casagrande, com a convenção no sábado (28), e de Paulo Hartung (29), fica estabelecido o principal confronto da eleição deste ano. O passado contra o presente, em busca de um futuro. Algumas situações merecem destaque nessas duas festas. O primeiro ponto que chama a atenção foi o fato de os dois pré-candidatos terem apenas citado os palanques nacionais.
 
Renato Casagrande é do mesmo partido de Eduardo Campos, mas seu presidenciável segue em terceiro na corrida eleitoral e mantendo uma boa distância dos tucanos e dos petistas. Diante do insucesso das movimentações em Minas Gerais, que levaram os tucanos para o palanque de Hartung, Campos terá dois palanques no Sudeste, um em Minas Gerais e outro no Espírito Santo.
 
Já o candidato do PMDB quer passar a impressão que não foi ele quem buscou Aécio Neves, e sim Aécio que aderiu ao palanque local. Se a dedicação de Hartung à campanha presidencial sempre causou muita dúvidas nos meios políticos, em seu discurso na convenção, apenas citando o presidenciável, a dúvida do empenho aumenta. 
 
A candidatura do PT tem como propósito dar o espaço da presidente Dilma Rousseff no Espírito Santo. Em vez de João Coser, o partido vai apostar no deputado estadual Roberto Carlos. Para a classe política, o nome de Coser teria mais musculatura para fazer a defesa da reeleição da presidente, mas Coser preferiu atender a outro interesse do PT nacional, que é a apresentação de nomes competitivos ao Senado para reforçar a base de Dilma no segundo mandato. 
 
No ritmo que a disputa entre Hartung e Casagrande começou, com troca de críticas e comparação entre os dois governos, a tendência é de que a eleição ao governo do Estado fique bem mais voltada para a discussão local. No caso do PT, é observar se Roberto Carlos vai ter espaço e condições neste cenário de defender o palanque de Dilma. 
 
Fragmentos:
 
1 – Na convenção do PSDB, o deputado federal Lelo Coimbra citou que “tem gente que ainda duvida da candidatura de Paulo Hartung”. Na verdade, tem muita gente.

 

2 – No PMDB e, principalmente no PSDB, o sentimento na base não é de apoio à chapa montada. Rose de Freitas pode acalmar os ânimos no PMDB, mas será que César Colnago vai convencer os aliados a pedir votos para Hartung?

3 – Na convenção do PMDB, entre as lideranças presentes também estavam petistas e socialistas. A turma do PMDB se indagava se eram dissidentes dos outros palanques ou olheiros.

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