Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha nesta quarta-feira (11) a definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a redução do número de vagas para a eleição deste ano, o campo para quem vai disputar as proporcionais ficará bastante afunilado, principalmente para os que buscam a reeleição para o mandato de deputado federal e estadual.
Isso porque o eleitorado do Estado cresceu de 2010 para 2014, o que faz com que o quociente eleitoral também suba. Com uma vaga a menos para a Câmara dos Deputados e menos três na Assembleia Legislativa, os deputados vão ter de ficar de olho nas coligações de seus partidos, além de correr ainda mais atrás de votos.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o Estado tem 2.653.440 – 131,4 mil eleitores a mais do que em 2010. Com baso nesses novos números, o quociente eleitoral para a disputa de deputado federal, levando em conta apenas nove vagas este ano, sobe de 188.627 para 220.509.
Para a disputa estadual, com 27 e não 30 cadeiras em disputa, o quociente sobe de 63.886 (2010) para 74.683 este ano. Um número que assusta a classe política. Isso não significa que os candidatos vão ter que atingir esses números para se eleger. Vai depender da escolha da composição.
Nas alianças partidárias, com a soma dos votos da coligação, é que define o número de candidatos que serão eleitos por grupo. Também interfere na soma o número de votos brancos, nulos e abstenções. A expectativa é de que esse índice chegue a 30%, o que amenizaria o impacto do aumento do quociente.
Outros fatores também influem na matemática, como o peso das coligações. Por exemplo, PT, PDT, PR e PSC podem se juntar na eleição proporcional, o grupo tenta atrair também o PMDB. Só em deputados estaduais disputando a reeleição por esse grupo de partidos há 16 parlamentares. Se somados aos três do DEM, o grupo tem 19 parlamentares. A soma será alta, mas o número de candidatos também. Por isso, encontrar o equilíbrio de votos nesta chapa não é tarefa fácil.
O Estado tenta reverter a decisão do TSE com uma Adin no Supremo, que tem a relatoria do ministro Gilmar Mendes. O caso será julgado nesta quarta (12), mas pareceres da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) são pela rejeição da ação.

