
O auditório do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ficou pequeno para a diplomação dos eleitos (e suplentes) em outubro passado. O governador eleito Paulo Hartung (PMDB) foi o único a discursar depois da entrega dos diplomas na tarde desta sexta-feira (19). E em seu discurso, chamou a atenção o fato de o peemedebista convocar as entidades para se unirem no novo governo.
A mensagem pareceu relembrar a chegada de Hartung ao governo em 2002, quando por meio de um arranjo institucional e político, conseguiu unanimidade no Estado, que garantiu sua governabilidade pelos oito anos de seus dois mandatos. Ele chegou a citar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, que estava presente no evento, chamando a entidade a participar dessa união de forças.

A OAB, na primeira passagem de Hartung, foi uma das entidades da sociedade civil que se uniu ao arranjo institucional ao lado da igreja Católica, além dos poderes institucionais, partidos políticos e empresariado. Naquele momento, a justificativa para o arranjo era o combate ao crime organizado, discurso que Hartung repetiu durante os oito anos.
Desta vez, o discurso de Hartung se volta para os problemas econômicos que o Estado pode enfrentar a partir do próximo ano. O governador disse que a eleição acabou e conclamou as instituições para a unidade em torno da construção de bandeiras voltadas para a educação.
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Acompanhado da mulher, Cristina Gomes, e da mãe Lila, Hartung (foto acima) agradeceu as lideranças presentes e à população capixaba. Falou um pouco de sua trajetória e destacou que aquele era o oitavo diploma que recebia na carreira política. Para cumprimentar os demais homenageados, ele destacou a senadora eleita Rose de Freitas (PMDB), afirmando que ela, após muita luta, venceu a eleição ao Senado.
Nos meios políticos, os comentários de que Hartung não ajudou a campanha de sua senadora no palanque permearam toda a eleição, juntamente com a afirmativa no mercado de que havia uma aliança clandestina com o candidato ao Senado pelo PT, João Coser.
Solenidade
Os deputados estaduais, federais e suplentes compareceram à solenidade de diplomação com as famílias e o clima era de muita festa. Do lado de fora alguns aliados aguardavam o fim do evento para tirar fotos com os eleitos. O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), que foi submetido à uma cirurgia na boca, não compareceu à solenidade, assim como a mulher dele, a suplente de deputada federal Norma Ayub (DEM).

O governador Renato Casagrande também não esteve no evento. Representando o Palácio Anchieta, quem compôs a mesa foi o vice-governador Givaldo Vieira (PT), eleito deputado federal. O deputado Luiz Durão (PDT), vice-presidente da Mesa Diretora da Assembleia, representou o Legislativo. Iriny Lopes (PT) recebeu o diploma de suplente e deixou a solenidade mais cedo, pouco antes do deputado federal eleito Helder Salomão chegar. O petista inclusive se atrasou por causa da reunião do Conselho de Classe da escola Telma Sarmento, em Campo Grande, onde ele vem atuando como professor desde que encerrou o mandato de prefeito em 2012.

Outro que chamou a atenção foi o desembargador Alvaro Bourguignon, presidente do TRE, mas não pelo discurso enaltecendo os eleitos e a corte pelo trabalho desempenhado na eleição, mas pelo terno de cor vibrante.