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Enquanto Hartung blefa usando Lula, Casagrande tenta fechar com Aécio

As movimentações nacionais continuam sendo um componente importante nas articulações da campanha na disputa eleitoral no Estado este ano. Tanto o governador Renato Casagrande (PSB) quanto o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) buscam na imagem das lideranças envolvidas na eleição presidencial pressionar o mercado político do Estado para que se defina em relação à disputa  presidencial.
 
A semana começou com a possibilidade de o governador Renato Casagrande se encontrar com o presidenciável tucano Aécio Neves para fechar de vez a composição entre PSB e PSDB no Estado, articulação que o próprio Aécio havia costurado com o presidenciável socialista Eduardo Campos, em São Paulo, durante os atos públicos de 1º de Maio. 
 
A ideia era atrair logo o partido para a chapa palaciana, mostrando que Casagrande já havia cumprido sua parte do acordo, abrindo mão da neutralidade, que atraía o PT e declarando apoio à candidatura de Eduardo Campos. O governador oferece uma composição proporcional atraente que pode garantir duas vagas de deputado federal e até três cadeiras na Assembleia Legislativa para a coligação. 
 
O ex-governador também buscou na disputa presidencial uma forma de abrandar as movimentações no Estado. Os reflexos do suposto encontro que a presidente Dilma Rousseff teria agendado e depois desmarcado com o ex-governador Paulo Hartung e, posteriormente, o encontro do ex-prefeito de Vitória, João Coser, com o ex-presidente Lula, seria uma maneira de frear as especulações sobre os nomes do PT para a disputa ao governo do Estado, o que já decretaria a inviabilidade da articulação do PT e PMDB na disputa. 
 
Na verdade, há muita inconsistência de ambos os lados. Se a maioria do PSDB é favorável ao acordo com o PSB, o presidente do partido no Estado, César Colnago ainda alimenta a possibilidade de o partido se unir ao ex-governador. Já no palanque do PMDB, o desempenho da presidente Dilma Rousseff com o eleitorado neste primeiro semestre faz com que os meios políticos não acreditem que Hartung venha a se comprometer com um palanque de risco como o do PT. 

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