Lideranças políticas de Aracruz que se colocam como pré-candidatos à prefeitura repercutiram o anúncio do prefeito Marcelo Coelho (PDT), que nessa quinta-feira (16) disse que não é candidato à reeleição.
Anderson Guidetti (PTB), Saulo Meirelles (PSD) e Alcântaro Filho (Rede) comentaram a saída do pedetista e a entrada praticamente certa do deputado estadual Erick Musso (PMDB) na disputa. As lideranças de oposição são unânimes: afirmam que o deputado deve cumprir o compromisso com a população de Aracruz e exercer seu mandato na Assembleia até o fim. Eles também trataram o anúncio de Coelho sem surpresas, devido ao grande desgaste da gestão do atual prefeito.
Alcântaro Filho, pré-candidato da Rede a prefeito, não se surpreendeu com a notícia. “Encaro com naturalidade, visto que já era esperado, uma vez que se comenta no município que o atual prefeito encontra rejeição de quase de 70% em pesquisas internas”.
Ele acrescentou, porém, que a saída de Marcelo Coelho e a possível entrada do deputado estadual Erick Musso na disputa, na condição de candidato apoiado pelo atual prefeito, não altera sua visão oposicionista do grupo. “Muda o nome do candidato, mas o grupo é o mesmo. A forma antiga de se fazer política é a mesma”, afirmou.
O pré-candidato do PSD, Saulo Meirelles, que foi secretário de Educação da atual gestão, disse que também via como improvável a candidatura do prefeito. “A gestão do Marcelo não ia bem”. Ele acredita que o deputado Erick Musso aparece como um fato novo para tentar apagar essa imagem de desgaste do atual prefeito.
Saulo Meirelles, que é uma das lideranças do grupo de 11 partidos — ao lado de Guidetti e Alcântaro — que vêm se reunindo no município com o propósito de fazer oposição ao prefeito, adiantou que a mudança de cenário em Aracruz com a entrada de Musso na disputa é um tema que será discutido no grupo, porque merece maior reflexão.
Independentemente da opinião do grupo, Meirelles acha que Musso tem de honrar seu compromisso com a população de Aracruz e cumprir seu mandato de deputado até 2018.
Opinião compartilhada por Anderson Guidetti, pré-candidato a prefeito pelo PTB. “Fui eleitor do Erick. Precisamos dele na Assembleia. Ele ainda não entregou nada para Aracruz. Não podemos abrir mão de tê-lo na Assembleia”, insistiu Guidetti, que conhece bem os bastidores da política local por ser vice de Coelho. Os dois romperam em no início do ano.
Guidetti analisou que a candidatura à reeleição de Marcelo Coelho se tornou inviável em função do desgaste do prefeito. Ele aponta a pouca transparência da gestão e falta de diálogo com a população como pontos-chave para o fracasso da gestão do pedetista.