A foto (ao lado) do deputado Euclério Sampaio (PDT) ao lado do subsecretário de Esportes de Vitória, Gustavo De Biase, causou muita discussão na Rede. Euclério, em crise com o PDT do deputado federal Sérgio Vidigal, deu a entender que estaria “acertando” sua ida para o partido pelas mãos do redista De Biase. Na repercussão em torno da especulação sugerida a partir da foto, o prefeito da Serra, Audifax Barcelos, virou alvo do porta-voz da Rede de Vila Velha, Ricardo Avellar. Ele afirmou que o correligionário estaria passando por cima da Executiva do partido, mas a verdade é que o prefeito não estaria se movimentando para atrair Euclério para a Rede. Segundo interlocutores, Audifax nunca cogitou convidar o deputado estadual para compor os quadros do partido.
A Rede tem hoje como representante na Assembleia o deputado Marcos Bruno, que disputará a reeleição pelo partido no próximo ano. A Rede agora busca formar uma chapa que garanta a recondução do deputado e conquiste a segunda vaga. O fato de a Rede ser um partido novo e heterogêneo, porém, dificulta a unidade da base. Além disso, o partido trabalha com horizontalidade, o que torna as discussões ainda mais amplas.
Entre os nomes que podem vir a disputar a eleição à Assembleia estão o ex-deputado estadual Roberto Carlos, o vereador da Serra, Alexandre Xambinho, a ex-vereadora Sandra Gomes e o presidente da Câmara de Aracruz, Alcântaro Filho. Além de De Biase, que também deve disputar a eleição à Assembleia de olho na segunda vaga, que o partido pretende conquistar. Esse projeto de De Biase já tornaria conflitante atrair um deputado com voto, caso de Euclério, para a legenda.
O objeto de desejo da Rede não é Euclério, mas outro pedetista, o deputado Josias Da Vitória. Com Da Vitória, o partido teria um nome competitivo para disputar a eleição à Câmara dos Deputados. A Rede, de outro lado, também seria uma saída factível para o projeto de Da Vitória. Com o insucesso de Sérgio Vidigal na disputa à prefeitura da Serra, no ano passado, a prioridade do PDT passa a ser a Câmara, o que praticamente inviabiliza o plano de Da Vitória ir para Brasília, caso ele decida permanecer no PDT.
Outro fator que torna a filiação de Da Vitória atraente para a Rede e para o deputado é o fato de ele ser um nome do noroeste do Estado, o que ajuda a difundir o partido na região. Embora, o deputado tenha se tornado “escoteiro”, ou seja, com bases em vários municípios do Estado, sua principal referência ainda é Colatina.
