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Ex-primeira-dama gastou mais de R$ 8,5 mil com passagens aéreas entre 2005 e 2006

Após a revelação dos gastos da ex-primeira-dama do Estado, Cristina Gomes, com viagens pagas com dinheiro público, a reportagem de Século Diário teve acesso a novas despesas da mulher do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Entre 2005 e 2006, a psicóloga fez 23 viagens para Rio de Janeiro e São Paulo ao custo de R$ 8,58 mil somente com passagens aéreas. Deste total, 14 viagens foram feitas sem a companhia do marido. Quando Século Diário publicou a primeira reportagem sobre gatos com passagens da primeira-dama, o candidato ao governo justificou que a mulher o acompanhava em missões oficiais.

Veja aqui a planilha com as informações sobre as viagens da ex-primeira-dama em 2005 e 2006

As novas informações sobre as viagens da ex-primeira-dama foram obtidas junto à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), que administra os contratos com as agências de viagens do governo. No ano de 2005, a mulher de Hartung fez 12 viagens pagas com dinheiro público, oito em trechos Vitória e São Paulo (aeroporto de Congonhas) e outras quatro para o Rio de Janeiro (Galeão), sendo que apenas em cinco ocasiões ela foi acompanhada pelo então governador.

No ano seguinte, a psicóloga Cristina Gomes realizou 11 viagens, sendo seis para a capital fluminense e cinco para São Paulo. Novamente a maior parte das viagens da ex-primeira-dama foi desacompanhada. No ano de 2006, quando o peemedebista disputou a reeleição, Hartung acompanhou a esposa em quatro jornadas – para os mesmos dois destinos, onde residiam os filhos do casal. Ao todo, os gastos do ex-governador e da mulher no período foram de R$ 33.043,56, sendo que apenas a então primeira-dama foi responsável por gastos públicos na ordem de R$ 8.583,11.

Com a inclusão das novas passagens, o Estado gastou mais de R$ 92 mil somente em viagens da ex-primeira-dama, incluindo passagens aéreas e despesas com hospedagem entre os anos de 2005 e 2010. Durante o último mandato de Hartung – entre 2007 e 2010 –, foram emitidos um total de 89 passagens aéreas em nome de Cristina Gomes. Na ocasião, a ex-primeira-dama fez 37 viagens sem a companhia do peemedebista.

Na época da revelação do escândalo das viagens, após o requerimento feito pelo deputado estadual Sandro Locutor (PPS), o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) admitiu a realização de viagens pela então primeira-dama, até mesmo em trechos internacionais: “Se a Casa Militar está informando, é verdadeiro. Não tem viagem a Paris. Tem viagem à China e a Singapura. O que nós fomos fazer lá? É importante que a esposa de um governador o acompanhe em uma missão de diplomacia comercial como essa. Fomos lá trazer o estaleiro Jurong. Foi um gol de placa”, afirmou.

Durante a sabatina realizada pela Rádio CBN Vitória, Hartung tentou minimizar o escândalo ao considerar a atração de novos investimentos como o ponto primordial: “O governador tendo uma atitude proativa na atração de investimentos, isso é que nós estamos precisando no Espírito Santo”, bradou. Ele associou a viagem aos Estados Unidos à “atração” de investidores do grupo Edson Chouest – que pretende instalar um projeto portuário em Itapemirim – e à Alemanha para a participação no encontro bilateral entre os dois países.

Entretanto, o ex-governador não deu qualquer explicação sobre os gastos de verbas públicas sobre as outras viagens de Cristina – que totalizaram R$ 83,7 mil em passagens aéreas e diárias em hotéis de luxo, entre os anos de 2007 e 2010. O assunto ganhou repercussão nacional após a reprodução das informações divulgadas por Século Diário na coluna do jornalista Cláudio Humberto, que é replicado em dezenas de publicações em todo o País.

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