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Há vagas

O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) mostrou mais uma vez que determinados poderes não se perdem na planície. A parceria com determinados setores da impressa e a utilização dos números a seu favor continuam inabaladas. Mas isso é suficiente para levá-lo novamente ao comando do governo do Estado e da classe política capixaba?

Não. Há vários detalhes que precisam ser observados para que isso aconteça. O primeiro deles é Magno Malta (PR). Se o senador entrar na disputa, tem 15% das intenções de votos – isso se considerarmos corretos os números da Futura, que muita gente olha com desconfiança devido às ações equivocadas das pesquisas em eleições passadas. Todo caso, se confirmado esse percentual, o republicano leva a disputa estadual para o segundo turno.

Embora mire em Casagrande e Hartung, o ex-governador é o alvo preferencial de Malta. Embora se mostre disposto ao embate com o governador, será que Hartung entraria em uma queda de braço com Magno Malta? De outro lado é preciso considerar o peso político que Casagrande ganha com Ricardo Ferraço (PMDB) em seu palanque, sem falar na movimentação surpresa do ex-senador Gerson Camata (PMDB), que também passou a apoiar a reeleição do socialista.

Outro problema e que a pesquisa não condiz com os ecos que chegam do interior. Claro que os prefeitos tem muitos problemas para resolver, principalmente depois da chuva do final de 2013, mas Casagrande consolidou sua imagem de homem do interior, reforçada agora com as declarações de Camata. E o que se comenta é que Casagrande está muito forte.

Mas o principal problema de Hartung para consolidar sua candidatura é a sustentação de seu palanque. Como não consegue apagar os incêndios sequer dentro do PMDB, afasta a classe política. A maioria dos partidos com os quais o presidente da sigla, deputado federal Lelo Coimbra, disse que o PMDB está conversando estão com Casagrande. Hartung não quer a quebra da unanimidade, quer esvaziar o palanque de Renato Casagrande.

Tudo bem que dos 22 partidos houve uma queda significante, mostrando a dureza do pleito, mas no palanque de Hartung, ninguém confirmou presença ainda, nem o PT, embora não reste mais saída para o partido. É isso ou a candidatura própria.

Enfim, Hartung precisa ir além das aparências de candidatura forte. Precisa erguer um palanque consistente, definir o apoio presidencial e entender que as relações políticas no Estado devem seguir outro caminho, mais democrático, de preferência.

Fragmentos:

1 – Depois do fatídico programa eleitoral do PSDB descendo a lenha no governo Casagrande, como vão ficar as lideranças tucanas no palanque socialista?

2 – O ex-prefeito Guerino Balestrassi tenta justificar sua candidatura fazendo um comparativo com sua primeira disputa em Colatina. Mas a coisa é bem diferente desta vez. Aliás, não dá para disputar o governo ainda pensando como prefeito.

3 – João Coser posou para foto ao lado da presidente Dilma Rousseff no encontro do PT, em São Paulo, na última sexta-feira (2). Pode ser que tenha e fazer isso aqui no Estado também, como candidato ao governo, se Hartung não assumir a candidatura petista.

 

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