Na menção estimulada, Paulo Hartung passou de 43% em agosto para 45% em setembro, enquanto Renato Casagrande cresceu de 30% em agosto para 36% em setembro. Hartung ganhou 2 pontos, percentual que está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,8% percentuais para mais ou para menos. Portanto, se manteve estável. Já Casagrande, no mesmo intervalo, evoluiu 6 pontos.
Os indecisos, que representam 16% dos eleitores em julho, caíram para 15% em agosto e agora são 9%. As intenções de votos dos outros três candidatos ao governo – Roberto Carlos (PT), Camila Valadão (PSOL) e Mauro Ribeiro (PCB) — somadas às de Casagrande representam 41% dos votos válidos. “Como Paulo Hartung aparece com 45%, a diferença entre o peemedebista e os demais candidatos diminuiu para 4 pontos. O que permite indicar que a hipótese das eleições serem decididas no segundo turno entre Paulo Hartung e Renato Casagrande não pode ser descartada”, afirma o cientista político e articulista do jornal Século Diário, Antônio Carlos de Medeiros.
Na espontânea, Paulo Hartung tinha 24% em julho, evoluiu para 32% em agosto e chega a 36% em setembro. Casagrande, que em julho tinha 20%, passou para 23% em agosto e agora tem 28. Medeiros chama a atenção para o fato de a diferença entre ambos, que chegou a ser de 9% em agosto, ter caído para 8 pontos em setembro. “Ao contrário da pesquisa de agosto, a de setembro mostra que Casagrande capturou mais votos consolidados do que Hartung”, destaca o cientista político. Ele acrescenta que o percentual de indecisos, que era 35% em agosto, diminuiu, mas ainda é significativo, passou para 27% em setembro.
“Este contingente de indecisos na espontânea também aponta para uma disputa em dois turnos”. O cientista político ressalta que 74% dos eleitores que escolheram um dos candidatos ou que disseram que vão votar branco/nulo afirmaram que a decisão é definitiva, e não mudam mais o voto, 25%, porém, disseram que ainda podem rever o voto até o dia 5 de outubro.
“Essa volatilidade potencial pode, ainda, modificar o quadro eleitoral para as eleições de governador, levando a eleição para o segundo turno”, pondera Medeiros.
Os índices de rejeição dos candidatos ao governo se equivalem. Hartung, Casagrande e Camila são rejeitados por 9% dos entrevistados. Destaque para Roberto Carlos. O candidato do PT é rejeitado por 11%. Mauro Ribeiro registrou 7% de rejeição; 48% disseram não ter rejeição por nenhum dos candidatos.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno, a pesquisa aponta vitória de Hartung sobre Casagrande, mas agora com uma diferença menor: 9 pontos. Em agosto o peemedebista tinha 50% contra 34% do socialista, uma vantagem de 16 pontos.
A pesquisa Brand/Século aferiu também o potencial de voto para Hartung e Casagrande. Os números apontam que Hartung tem mais votos consolidados (24% contra 18% de Casagrande). De outro lado, o socialista leva ligeira vantagem em termos de potencial de voto: “É um candidato que poderia votar”, pergunta o entrevistador. Embora a vantagem seja apenas de dois pontos para Casagrande, o cientista político afirma que esse é um indicador de que Paulo Hartung já estaria mais próximo do seu teto do que Casagrande.
Entretanto, entre agosto e setembro aumentou a percepção do eleitorado de que o candidato vitorioso será Paulo Hartung. Em agosto, 45% dos entrevistados cravaram que o próximo governador seria Paulo Hartung, contra 31% que apontaram Casagrande como vitorioso. Agora, 54% acreditam numa vitória de Hartung, contra 30% de Casagrande. “Esses números apontam que Hartung tem mais capacidade para atrair o ‘voto útil’ nesta reta final”, observa Medeiros.
Ele ainda destaca que a aprovação do governo Casagrande, que passou de 56% em agosto para 67% em setembro, indica uma correlação positiva entre aprovação e intenção de voto. “Casagrande tem potencial para continuar crescendo nas intenções de voto”, sustenta Medeiros.
Pesquisa aplicada por metodologia quantitativa, com amostra representativa dos eleitores do Espírito Santo com idade igual ou superior a 16 anos. Foram entrevistados 1.206 eleitores em 82 pontos de afluência distribuídos em 18 municípios (9 microrregiões administrativas). A coleta de dados ocorreu entre os dias 17 e 19 de setembro. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. A estatística Lucia Helena Sagrillo (reg. prof. 8451, CONRE-2) responde pela amostra. A supervisão geral dos trabalhos é do diretor do instituto, Lucas Margotto.
Informamos ainda que os percentuais “quebrados” foram arrendondados para facilitar o entendimento do leitor.
A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob os números de protocolo BR-00736/2014 e ES-00023/2014.
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