sábado, fevereiro 15, 2025
25.9 C
Vitória
sábado, fevereiro 15, 2025
sábado, fevereiro 15, 2025

Leia Também:

Manobra governista derruba parecer de Majeski pela rejeição

Como havia prometido o líder do governo, deputado Gildevan Fernandes (PV), na sessão dessa terça-feira (2), na Assebleia Legislativa, o parecer do deputado Sérgio Majeski (PSDB) sobre o Escola Viva foi derrubado na Comissão de Ciência e Tecnologia. Com o empate na votação do parecer da comissão entre Majeski, favorável à rejeição do projeto, e Nunes (PT), a favor da aprovação, o assunto foi retomado em plenário nesta quarta-feira (3) e acabou sendo derrubado.
 
O deputado Marcus Mansur (PSDB) justificou sua ausência na reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia dessa terça, alegando apenas que estava em outro compromisso dentro da Assembleia. Ele votou contra o parecer do relator. 
 
Como Nunes já havia sido relator da Comissão de Cidadania, Mansur foi destacado para apresentar outro relatório pela aprovação, sem emendas. A justificativa do deputado é de que o projeto precisa ser posto em prática para ser compreendido. 
 
Na apresentação do relatório, Majeski apresentou no telão da Assembleias as fotos das condições encontradas em escolas de 20 municípios capixabas e visitou 40 escolas estaduais, constatando que elas não estão aptas para receber o projeto. 
 
A apresentação de Mansur, porém, não chamou a atenção dos deputados, que sequer olhavam para o telão, mostrando que mais uma vez o desejo do Palácio Anchieta vai ser cumprido sem qualquer tipo de análise do Legislativo estadual.
 
Agora, a matéria retorna à tramitação normal, devendo ser analisada ainda, em reuniões ordinárias, pelas comissões de Educação, Assistência Social e Finanças, além de Justiça, já que foram apresentadas, até agora, 47 emendas parlamentares modificativas e aditivas ao texto original. 
 
Os estudantes que vem acompanhando há três dias as discussões sobre o projeto marcaram presença nas galerias e vaiaram o líder do governo, Gildevan Fernades, que fez um discurso bem menos agressivo do dessa terça-feira, quando tentou desqualificar o deputado Sérgio Majeski, alegando que ele é contra a escola em tempo integral porque pertence à rede privada. 
 
Na escola em que atua Majeski, segundo Gildevan, é oferecido o ensino em tempo integral. Por isso, o tucano não estaria querendo estender o mesmo direito aos alunos da rede pública. Nesta quarta, o líder do governo se limitou a dizer que o governador tem o objetivo de melhorar a educação no Estado com o projeto e que os estudantes reagem porque ainda não conhecem o Escola Viva. 
 
Para Luiz Felipe Costa, presidente da União dos Estudantes Secundaristas do Estado (UESES), a manobra do plenário mostra o autoritarismo do governo do Estado para discutir o projeto. 
 
Ele afirmou que mesmo diante dos sinais de que o projeto será aprovado do jeito que o governo quer, sem considerar as emendas parlamentares, os estudantes, que há três dias acompanham as articulações na Assembleia, vão continuar vigilantes. A pressão agora, segundo ele, será na discussão do projeto na Comissão de Assistência Social.
 
O estudante afirmou ainda que a discussão sobre o Plano Estadual de Educação (PEE) também vai causar muita polêmica na Assembleia, já que o secretário de Educação, Haroldo Rocha, já enviou a proposta para a Assembleia sem realizar uma conferência estadual, como desejavam estudantes, professores e pais de alunos. 

Mais Lidas