segunda-feira, maio 12, 2025
22.3 C
Vitória
segunda-feira, maio 12, 2025
segunda-feira, maio 12, 2025

Leia Também:

Mesmo fortalecidos na eleição, federais continuam regionalizados

A eleição de deputado federal representou para os eleitos um importante ganho de capital político. Tanto que a metade da bancada é cotada para as disputas municipais de 2016. Mas o fortalecimento dos atores políticos não significa necessariamente que o ganho de capital tenha sido em nível estadual. Muitos continuam presos às suas principais bases. 
 
O deputado federal mais bem votado, Sérgio Vidigal (PDT), é o maior exemplo disso. Os 161.744 votos do pedetista tiveram maior concentração no município da Serra, que administrou por três vezes, e é na disputa contra Audifax Barcelos (PSB) que ele deve empregar esse fortalecimento político. Vandinho Leite (PSB), que não foi eleito, mas saiu com uma votação muito grande nas eleições, é um nome também forte na Serra. 
 
Como secretário de Esportes, ele circulou por todo o Estado, mas sua principal base também é a Serra, e deve reforçar o palanque do prefeito Audifax Barcelos para a disputa municipal de 2016, que deve ser bem dura contra Sérgio Vidigal. 
 
Chama atenção essa dificuldade de Vidigal em ampliar sua base para a além da Serra. Mesmo tendo o PDT oito prefeituras e sendo a segunda legenda em número de filiados no Espírito Santo, o homem forte do PDT só tem olhos para a disputa municipal. Para os meios políticos, ele poderia ter um capital muito maior no jogo político do Estado, se expandisse seus domínios. 
 
Outro nome que saiu fortalecido da urna, mas mantém sua concentração de votos em sua principal base é Helder Salomão (PT). O ex-prefeito de Cariacica, com seus 83.967 votos, poderia ser uma importante liderança do partido no Estado, mas seu foco parece ser o retorno à prefeitura em 2016. 
 
Paulo Foletto (PSB) ampliou sua base para além do município de Colatina, chegando a outras bases do noroeste do Estado. Mas sua disputa, seja direta ou indireta contra o ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi (PSDB), deve se repetir em 2016. 
 
Outros deputados têm uma inserção política diferente. Max Filho é ex-prefeito de Vila Velha. Pode disputar novamente a prefeitura do município em 2016, mas está em um processo de recomeçou de sua projeção política, que ficou interrompida, depois de seus dois mandatos como prefeito no período de Paulo Hartung (PMDB), seu desafeto político. O prefeito enfrentou um verdadeiro embargo político e até mesmo partidário, que o deixou fora do tabuleiro do Estado desde 2008. 
 
Lelo Coimbra, por sua vez, é o grande aliado de Hartung no PMDB e trabalha para proteger o grupo do governador eleito dentro e fora do partido. Pode ocupar qualquer cargo, seja no primeiro escalão do governo ou como candidato em 2016, em Vitória, se for de interesse do governador. 
 
Givaldo Vieira pode ser uma aposta do PT para os próximos anos. Aliado do presidente da sigla, João Coser, ele ganhou projeção no Estado no cargo de vice-governador e agora usa o trânsito adquirido para articular o caminho que o partido começa a construir no Estado. 

Mais Lidas