O candidato do PT ao Senado no Estado mostra em sua prestação de contas o quando a nacional do partido está apostando em sua campanha. O PT Nacional é o maior doador de campanha de João Coser. A explicação para tanto investimento está na comparação com o cenário nacional, em apenas três outros Estados – Pará, Pernambuco e Rio Grande do Sul – os candidatos do PT lideram as pesquisas ao Senado.
Este cenário apareceu nas primeiras pesquisas, mas Coser pode ser alcançado pela deputada federal Rose de Freitas (PMDB). Mas o desempenho de Coser não reflete um padrão de excelência do PT. O partido vem apresentando desde 2006 uma queda significativa em relação a outros partidos no Estado, no que diz respeito aos números de votos e resultados eleitorais
Situação diferente, por exemplo, do PDT, que vem se mostrando um partido muito mais sólido eleitoralmente. Em 2006, o PT teve 23 mil votos de legenda e 141 mil nominais para deputado estadual e só conseguiu eleger um deputado federal. Na disputa estadual, foram 18 mil votos de legenda e 148 nominais, conseguindo duas cadeiras na Assembleia.
Naquela ocasião, o PDT elegeu dois deputados federais e quatro estaduais. Em 2010, o PDT elegeu três deputados estaduais e quatro deputados federais, entre eles, Sueli Vidigal, a segunda mais bem votada na disputa. Já o PT elegeu quatro deputados estaduais e manteve a única vaga na Câmara dos Deputados.
O partido não aumentou o número de votos nominais em 2010, obteve 19 mil em votos de legenda. A diferença entre os partidos é que o PT, tem a presidência da República há 12 anos e isso não se reverteu em fortalecimento do partido no Estado.
Fora da disputa do governo do Estado desde 1994, com a eleição do ex-governador Vítor Buaiz, de lá para cá, o grupo de Coser passou a controlar o PT e o partido se enfraqueceu, as movimentações para levar o partido para o grupo do ex-governador Paulo Hartung garantiu espaços ao partido, mas enfraqueceu seu projeto político.
