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???O Espírito Santo perdeu o rumo do crescimento???

 
Paulo Hartung foi empossado governador do Espírito Santo pela terceira vez às 15h20 desta quinta-feira (1). Quinze minutos depois, após o cumprimento dos atos protocolares de assinatura do livro de posse, o já governador deu início ao seu discurso.
 
Hartung começou o discurso se dizendo emocionado. Ele agradeceu os capixabas e se disse honrado em governar o Estado pela terceira vez. Sublinhando que alcançou um feito inédito na história política do Espírito Santo – único governador a comandar os Estado por três vezes.
 
Depois dos agradecimentos de praxe, o governador fez um discurso com pitadas de conceitos filosóficos para destacar a importância dos valores republicanos e democráticos. Ele citou os filósofos gregos Plantão e Aristóteles para dar um verniz intelectual ao seu discurso. “A política é a unidade coletiva de quem trabalha pela pólis”. 
 
 
Mais à frente ele deixou os gregos de lado para citar o sociólogo Marco Aurélio Nogueira. “A política diz respeito às atividades que fazem com que as comunidades humanas se organizem, se reconheçam e se governem”. 
 
Na verdade, os 3/4 do discurso que aborda o conceito de política partindo de Platão e Aristóteles e passando por Nogueira é um texto recorrente de Hartung. Ele já havia feito palestra (“Política e Sociedade no Brasil”) muito semelhante (um pouco mais ampliada) em fevereiro de 2014 na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. 
 
No quarto final de sua fala, Hartung abandonou a hermenêutica para atacar em português claro o governo Renato Casagrande (PSB). Emendou, sem a elegância filosófica, que o “Estado perdeu o rumo do crescimento”. O tom das críticas deixou claro que, mesmo empossado, ele ainda não desceu do palanque. Ficou explícito também que seu maior adversário é Renato Casagrande, alvo que ele pretende alvejar sempre que tiver uma oportunidade.
 
Depois de retomar o discurso do caos e passar a ideia de que está assumindo um Estado com aspecto de terra arrasada, ele prometeu recuperar a capacidade de investimento e recolocar o Espírito Santo nos trilhos do desenvolvimento. Mas já avisou que ele e sua equipe terão um desafio e tanto pela frente. A advertência serve para baixar a ansiedade daqueles que pretendem cobrar resultados imediatos do seu governo.
 
 
Discurso idêntico que ele fez durante a campanha ao governo, que foi escorada na tese de que o socialista não teve competência para dar o salto que ele projetara para o Estado, e que ele era obrigado a assumir as rédeas novamente, num ato de abnegação, para salvar o Espírito Santo do retrocesso.
 
Nos final, procurando dar um pouco de emoção ao discurso, Hartung passou a martelar que seu governo irá se preocupar em dar oportunidades iguais a todos. “Quero levar tempos cada vez melhores a todos, sobretudo aos mais pobres”. 
 
Ainda sem empolgar os presentes à cerimônia de posse, Hartung retomou, mais uma vez, a um dos bordões da campanha eleitoral. “Estou com uma energia danada para sacudir este Estado”. E finalizou, conseguindo, finalmente, arrancar alguns aplausos mais entusiasmados da plateia. “Nossa bandeira é da igualdade e da oportunidade”. 
 
Após a posse na Assembleia, Hartung seguiu para a cerimônia de transmissão da faixa no Palácio Anchieta.

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