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Pedro Canário realiza seminário do Congresso do Povo neste domingo

Neste domingo (29) é a vez de Pedro Canário, noroeste do Estado, realizar seu seminário do Congresso do Povo. A atividade acontece no Centro Paroquial da cidade, de 8h às 12h, e discutirá “A conjuntura política e agrária (Aloísio Lula)” e “As reformas trabalhista e previdenciária – impactos sobre os trabalhadores do campo e da cidade e Construção de um Projeto Popular para o Brasil (Luciano e Adelar J. Pizzeta)”. 

A pauta agrária é de crucial importância para a região do extremo norte capixaba, onde vários municípios têm na agropecuária a origem de mais de 50% do seu Produto Interno Bruto (PIB). “Há um histórico de concentração de terra, que forma um cenário favorável à silvicultura, que é o setor que menos emprega no campo”, ressalta Aloisio. “Qualquer outra atividade emprega mais que silvicultura: café, fruticultura, pecuária de leite …”, compara, destacando que, do ponto de vista ambiental, mesmo a pecuária de corte é menos impactante que a monocultura de eucalipto. 

Além da pauta agrária, a região também discute pautas mais urbanas, porém, também fundamentais para as cidade do interior, como saneamento, habitação, educação pública, inclusive superior, analfabetismo. “Vinte por cento da população capixaba sofre com analfabetismo funcional ou total”, destaca. 

Temas que já são trabalhados pelas entidades e coletivos que atuam na região, como organizações camponesas, quilombolas, indígenas e de assentados e acampados, pequenos agricultores e assalariados rurais. “Todo mundo no final das contas é camponês, tem uma ligação forte com a terra. Por isso essa pauta precisa ser unificada nesse momento”, argumenta. E precisa ser levada para os partidos políticos, que precisam “retomar essa originalidade, fazer esse link com a luta popular”, convoca Aloísio, que é pré-candidato a deputado estadual pelo PCdoB. 

O Congresso do Povo

O Congresso do Povo Brasileiro está sendo convocado por pelo menos 80 entidades que compõem a Frente Brasil Popular. “Queremos que o Congresso do Povo se torne um grande processo pedagógico para as massas populares e que desafie o próprio povo a identificar as saídas e a se organizar para construí-las. Não há saída para esta crise sem a derrota dos golpistas, e não há vitória sobre os golpistas que não passe pelo protagonismo popular”, convocam as entidades, em suas redes sociais.

Os representantes do movimento afirmam que o Congresso deverá ser convocado em qualquer escola, comunidade, bairro, local de trabalho, por qualquer pessoa ou grupo que queria defender a democracia, os direitos e a soberania do País. “A sua construção está aberta e deve envolver todos os setores democráticos: camponeses, indígenas, quilombolas, sindicalistas, lideranças comunitárias, LGBTs, mulheres, negros e negras, jovens, igrejas, grupos de cultura, agentes de saúde, etc”.

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