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PMDB hoje não tem condição de garantir eleição de Hartung ao governo do Estado

Até um acordo para a convenção do PMDB, que acontecerá no final do mês, o PSB não fechará as portas para o partido em suas articulações. O governador Renato Casagrande ainda não desistiu de recompor a unidade inicial projetada para a eleição, com sua candidatura à reeleição ao governo do Estado ao lado do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) no pleito ao Senado. 
 
O motivo é a fragmentação interna do PMDB. Hoje o grupo majoritário, que tem como principal referência o deputado estadual Marcelo Santos, é contrário ao desembarque do partido do palanque de Renato Casagrande. Para assumir a candidatura própria, o grupo cobra uma acomodação da chapa proporcional. 
 
Com sete deputados estaduais, a bancada corre risco na eleição, diante do foco da direção do partido na campanha majoritária, sem cuidar das campanhas de deputados federal e estadual. Marcelo Santos e os históricos do partido são contrários à discussão da campanha ao governo e ao Senado, sem a discussão da proporcional.
 
O grupo do presidente do partido, deputado federal Lelo Coimbra, que representa dentro do PMDB os interesses do ex-governador, não tem condições de garantir uma vitória de Hartung na convenção marcada para o próximo dia 29 de junho. Por isso, caso o ex-governador coloque sua candidatura na convenção, corre o risco de perder. Daí o cuidado de Hartung em fazer suas articulações, evitando embates diretos com o governador e desgastes com aliados na definição das composições de seu palanque. 
 
Aos interlocutores, o ex-governador vem dizendo que só vai falar sobre o pleito na convenção. Mas até o dia 29, o PMDB deve tirar uma definição, já que com o cenário interno fragmentado e com a maioria contrária à sua candidatura, dificilmente Hartung colocará o nome para a apreciação dos convencionais do partido. 
 
Atento aos movimentos internos no PMDB, Casagrande vem protelando as definições de seu palanque, guardando o espaço para que, em caso de recuo da candidatura de Paulo Hartung ao governo, ele possa novamente ser acomodado no palanque palaciano, como candidato ao Senado. 
 
Neste sentido, as conversas com as demais lideranças não devem ter uma definição antecipada. Com o PSDB, por exemplo, a pauta já foi discutida. Os tucanos querem a vaga ao Senado, com a candidatura de Luiz Paulo Vellozo Lucas, e a acomodação proporcional que garanta a reeleição do presidente do partido, o deputado federal César Colnago. 
 
Outros aliados do palanque do governador também já apresentaram seus pleitos para a manutenção do apoio, mas tudo indica que nenhuma decisão será fechada antes que o PMDB defina seu rumo na eleição deste ano. 

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