A aprovação do Projeto de Lei 4330, que ampliou a terceirização da mão de obra para todas as áreas, sejam atividades-meios ou atividades-fins no início da semana em Brasília, contou com o apoio de seis dos dez deputados federais que compõem a bancada capixaba. O projeto polêmico não foi bem visto pela população.
Nas redes sociais, começaram as primeiras manifestações contra os deputados com fotos dos deputados rotulados de “inimigos da classe trabalhadora”. Para os meios políticos, esse posicionamento pode queimar a imagem dos deputados com o eleitorado, principalmente para quem quer influir de alguma maneira no processo eleitoral de 2016.
Entre os parlamentares que votaram a favor do projeto estão cotados para entrar na disputa municipal o deputado Lelo Coimbra (PMDB), em Vitória; Jorge Silva (Pros), em São Mateus; Sérgio Vidigal (PDT), na Serra e Carlos Manato (SD), em Alegre.
Apenas os dois deputados do PT, Helder Salomão e Givaldo Vieira, votaram contra o projeto. O deputado Max Filho (PSDB) não votou, e os demais votaram a favor da universalização do trabalho terceirizado.
Para os deputados do PT, partido que vive uma crise sem precedentes no País, a repercussão foi positiva. Melhor para Helder Salomão, que está cotado para a disputa em Cariacica no próximo ano.
O texto-base foi aprovado na ultima quinta-feira. Ao todo, 324 deputados votaram a favor do projeto, dois se abstiveram e 137 parlamentares foram contrários, dentre eles todos os deputados do PSOL, PT, PCdoB e alguns de outros partidos.
O desgaste político pode ser ainda maior, já que a presidente Dilma Rousseff adiantou que vai vetar o projeto. Se a postura da maioria da bancada permanecer a favor da matéria, mais repercussão negativa deve surgir no Estado.