Neste sábado (29), a comunidade de Jardim da Penha vai às urnas para escolher os novos representantes na Associação de Moradores, a AMJAP. Além da coordenação de um dos bairros mais populosos da Capital, a disputa pela associação chama a atenção pelo caráter político. Vereadores e lideranças partidárias participam direta e indiretamente da escolha.
A chapa 1 é formada por aliados do vereador Marcelão do PT – partido que comanda a associação há cerca de 20 anos. Apesar da longa dinastia, o PT não deve conseguir maioria na disputa, que é proporcional. A expectativa é de que a nova direção seja bastante equilibrada com membros da quatro chapas que concorrem na eleição.
A chapa que aparece com mais força na disputa é 2, encabeçada por Glauber Teixeira. A chapa é apoiado pelo presidente da Câmara de Vereadores de Vitória, Fabrício Gandini (PPS). A juventude do PSDB também apoia o grupo. O vereador Davi Esmael (PMDB) também está com a chapa.
O vereador não é liderança comunitária do bairro, mas é ligado à Igreja Batista que fica na região e pode levar o apoio dos evangélicos para a disputa. No início deste ano, elegeu seu candidato no comando da Associação de Jardim Camburi. Na ocasião, o vereador já havia dito que a estratégia do PPS era conquistar outras associações. Jardim da Penha estava nesta lista.
A chapa três é ligada ao PSB e tem mais concentração no entorno de Pontal de Camburi, mas como a Igreja Batista fica na região, o eleitorado local pode ficar dividido. Os integrantes do grupo são ligados ao PSD do secretário de Transporte de Vitória, Max da Mata.
A surpresa da disputa é o fato de o vereador Luiz Emanuel (PSDB), que sempre foi muito ativo nas movimentações da eleição da associação, ter se declarado neutro na disputa deste ano.
Completa o cenário eleitoral da AMJAP a chapa 4, que tem como integrante a ex-deputada estadual Brice Bragato (Psol).
A disputa pela Associação de Moradores de Jardim da Penha sempre desperta o interesse da classe política porque serve de exercício de mobilização das forças políticas do município. Embora a expectativa de comparecimento às urnas seja pequena, a movimentação de lideranças nas ruas durante a eleição garante a visibilidade para os pleitos do ano seguinte, como também estreita os laços das lideranças com a comunidade.