Na semana passada, o senador Ricardo Ferraço (PMDB), em entrevista ao site da Veja, manifestou o desejo de deixar o partido. Mas esse processo não vai ser resolvido de forma atropelada. O senador não tem pressa em escolher sua nova sigla, a probabilidade é que só faça a escolha no segundo semestre. Com mandato até 2018, não há motivos para que o senador tome uma decisão precipitada.
O momento de Ricardo Ferraço seria de avaliação dos cenários, tanto nacional quanto local, o que mostra para a classe política a valorização que dá ao mandato atual, mas ao termino dele poderá escolher entre disputar a reeleição ou tentar a disputa ao governo do Estado. Mas para as lideranças do Estado, seu caminho deve ser diferente das disputas anteriores, desta vez será mais distante do governador Paulo Hartung.
Segundo interlocutores, o retorno do senador ao PSDB não seria o preferencial. O partido tem lideranças em condições de disputas futuras, como Luiz Paulo Vellozo Lucas e, principalmente, o vice-governador do Estado César Colnago, que pode chegar em 2018 em condições de disputar o Senado ou o governo.
Um caminho possível para Ricardo Ferraço é o PDT. O senador tem uma relação política forte e duradoura com o presidente do partido, o deputado federal Sérgio Vidigal. Essa ligação pode levá-lo a ingressar na legenda tendo o apoio da sigla para suas pretensões em 2018. Para o PDT pode ser estratégico ter outra liderança de porte, além de Vidigal.
O senador, porém, não vem conversando ou se aproximando de nenhuma liderança, por enquanto. Os caminhos de Ricardo Ferraço neste momento vão depender dos caminhos da conjuntura política, seja ela nacional, com as movimentações no Congresso Nacional e das aglomerações das lideranças políticas no Estado e da apresentação do cenário das próximas eleições.