quinta-feira, julho 17, 2025
19.9 C
Vitória
quinta-feira, julho 17, 2025
quinta-feira, julho 17, 2025

Leia Também:

Rose não equilibra disputa municipalista entre Casagrande e Hartung

Para algumas lideranças políticas a aproximação do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) com a deputada federal Rose de Freitas, que até o início deste ano eram desafetos dentro do PMDB, estaria ligada à tentativa do ex-governador de equilibrar o peso municipalista em seu palanque com o do governador Renato Casagrande (PSB), que tem se preocupado em construir uma capilaridade forte no interior. Mas essa leitura não é adotada nos meios políticos de forma geral. 
 
Isso porque o interesse dos prefeitos em Rose e em Renato seguem caminhos bem diferentes. Na semana passada, um contingente de 55 prefeitos assinou um ato de apoio à reeleição de Casagrande, documento que ganhou outras adesões até o fim desta semana – já se fala que 60 prefeitos são signatários do manifesto de apoio à reeleição do socialista. Na carta, os prefeitos deixam bem claros os motivos pelos quais pretendem caminhar com o governador na eleição deste ano.
 
Depois de imprimir sua marca como governador voltado para o interior, Casagrande ganhou espaço com os mandatários municipais. Os prefeitos não querem abrir mão do acesso ao Palácio Anchieta, que foi conseguido por meio de uma mudança na visão administrativa do governo do Estado. Politicamente, o governador apresenta para os prefeitos vantagem na disputa, por isso, arriscar neste momento pode trazer desconforto para os próximos dois anos até a eleição municipal. 
 
Além disso, os prefeitos assimilaram a ideia de que uma vez no governo, Casagrande tem o direito à reeleição e não querem o confronto. Exemplo disso é o prefeito de São Mateus, Amadeu Boroto, que mesmo sendo filiado ao PSB, sempre teve uma identificação muito forte com Hartung. Mas na hora de decidir de que lado ficaria na disputa, pendeu para o lado do socialista. Essa posição dos prefeitos se torna um grande obstáculo para que o ex-governador consiga levar seu palanque para o interior. 
 
Já a deputada federal Rose de Freitas é identificada como parlamentar municipalista e os prefeitos veem nela um caminho mais curto para chegar aos recursos federais. Isso porque a peemedebista tem boa relação com o governo federal, conhece os caminho das pedras para chegar nos recursos, em Brasília. Isso facilita a vida dos prefeitos.
 
Apesar dos dotes oferecida, a deputada não teve o desempenho esperado nas eleições de 2010. Rose, que tinha o apoio de 36 prefeitos, à época,, conseguiu eleger-se apenas em 19 municípios. Dizem, porém, que de lá para cá a peemedebista já recuperou o terreno perdido. O que poderia lhe dar uma certa vantagem no interior sobre os demais adversários.
 
Se a boa capilaridade no interior pode ser decisiva para Rose, sua influência não é transferida diretamente para Hartung. Eles sabem que quando Hartung esteve à frente do governo, sufocou os prefeitos que apoiavam a candidatura de Rose de Freitas. Nas duas últimas disputas, em 2006 e 2010, Rose teve que disputar com os adversários e com Hartung. Esse histórico dificulta a “venda” da chapa Hartung-Rose

Mais Lidas