Entre as inúmeras incertezas que cercam o processo eleitoral de 2016, uma das principais é a configuração partidária disponível para o próximo ano. A agonia é nacional, e no Espírito Santo os atores políticos também estão em compasso de espera.
A expectativa maior é pela criação do PL, que pode se fundir, após criado com o PSD. Como se tratará de um novo partido, poderá haver uma debandada de lideranças, sobretudo de quadros do PSB, que após a derrota de Renato Casagrande na disputa à reeleição para o governo do Estado, vai sofrer com a desidratação de seu partido.
Também há muita expectativa sobre a criação do Rede Sustentabilidade e, neste contexto, as atenções se voltam para o prefeito da Serra, Audifax Barcelos, que deve ser o comandante da sigla e precisa de um partido para chamar de seu, podendo equilibrar o jogo com Sérgio Vidigal, que na questão partidária, está à sua frente, com o controle do PDT.
A incorporação do PPS pelo PSB em nível nacional pode ser a salvação da lavoura para os socialistas no Estado, mas deve espantar lideranças do partido do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS). É líquido e certo que o prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho, hartunguete de primeira linha, deixe a nova sigla assim que for possível.
Outra fusão que vem sendo aguardada com tranquilidade pelas lideranças no Estado é a união entre o DEM, do prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, e o PTB, do ex-deputado estadual José Carlos Elias. Os partidos têm desafios grandes pela frente, principalmente na disputa pela Prefeitura de Vila Velha, em que Rodney Miranda precisa de capital político para se fortalecer em busca da reeleição.
Até outubro próximo, todas as definições devem estar concluídas, para que as lideranças possam fazer as migrações partidárias de acordo com a possibilidade de combinações entre os partidos para a costura de coligações que garantam a competitividade dessas lideranças.
