No próximo dia 15, o PT estadual reúne seu diretório para discutir os rumos do partido no Estado. Para o coordenador da campanha da presidente Dilma no Espírito Santo, Tarciso Vargas, o partido tem um novo desafio pela frente: reunir as forças populares, militância e partidos de esquerda para construir um projeto político voltado para a esquerda.
Em entrevista a Século Diário, que vai ao ar neste sábado (8), ele fala sobre o desempenho da presidente na eleição estadual e do papel das manifestações espontâneas dos movimentos populares na campanha. Explica ainda o pouco envolvimento de lideranças do partido no primeiro turno da eleição com a campanha presidencial, que ele credita às duras campanhas proporcionais.
Vargas fala ainda sobre o desempenho dos candidatos majoritários no Espírito Santo e confessa que o PT, que disputou o governo do Estado pela ultima vez em 1994, com Vítor Buaiz, se desacostumou com esse campo de campanha. Ele admite ainda que o partido precisa se aproximar mais do governo federal para evitar que outras lideranças se beneficiem dos bônus trazidos pelas ações do governo do PT e que o partido arque com o ônus do que não deu certo.
Sobre a relação com o governador eleito Paulo Hartung (PDMB), que apoiou a campanha do tucano Aécio Neves nessas eleições, o petista afirmou que foi o próprio peemedebista que excluiu o PT do seu arco de alianças, mesmo aconteceu com o governador Renato Casagrande (PSB).
Mesmo com o PT tendo feito do projeto de unanimidade pelos 12 últimos anos de governo, o campo político pode ser influenciado pelo cenário nacional, o que afeta, inclusive, a construção do projeto do partido para 2016 e 2018.
