Não é de hoje que o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) e o prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS) brigam pela paternidade da luta pelo fim da cobrança da taxa de marinha em Vitória. Para os meios políticos não é preciso fazer DNA, já que o deputado do PMDB tem mais bagagem no caso que o prefeito. Mas essa disputa deve ser um capítulo à parte na disputa eleitoral do próximo ano na Capital.
Luciano Rezende entrou no debate quando era deputado estadual. Criou a Comissão Especial dos Terrenos de Marinha e levou moradores e especialistas para a Assembleia para discutir o assunto. Esse discurso ajudou em parte sua eleição no processo de 2012.
A partir de sua chega à prefeitura, o discurso foi deixado de lado, até pela mudança do foco de atuação de deputado estadual para prefeito. O fim da cobrança foi uma promessa de campanha do prefeito. Em 2013, ele foi à Justiça pedindo o fim da cobrança. Recentemente, a prefeitura oficiou o Superintendência do Patrimônio da União (SPU) sobre o reajuste na cobrança de alguns imóveis.
A questão é que como se trata de um assunto federal, a discussão na Assembleia não produzia um efeito prático. Bem antes disso, o deputado federal Lelo Coimbra já buscava uma movimentação em Brasília em relação à cobrança.
Atualmente, o parlamentar tem trabalhado pela derrubada do veto da presidente Dilma Roussef ao projeto de lei que reduz as taxas de terreno de marinha. Em Brasília, ele também lidera uma comissão criada para discutir o tema.
Como Luciano Rezende deve enfrentar Lelo Coimbra na disputa eleitoral do próximo ano, a pauta comum deve ser um ponto de debate entre as duas lideranças. Se o deputado conseguir êxito em sua busca de mobilização pela derrubada do veto ao fim da cobrança, pode sair na frente neste quesito, já que terá resultado para mostrar aos eleitores.
