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Votação de federais nas bases explica favoritismo para eleição municipal

Há uma pressão grande para que os deputados federais disputem as eleições deste ano em seus respectivos municípios. O desempenho deles em suas bases na disputa pelas vagas na Câmara dos Deputados pode explicar essa preferência dos eleitores. A maioria da bancada é formada por ex-prefeitos, que estão em alta, devido ao desgaste dos atuais gestores. 
 
Entre os deputados federais que estão sendo assediados pelos partidos e aliados políticos para disputarem as eleições, Jorge Silva (Pros) teve o melhor desempenho no seu principal reduto eleitoral nas eleições de 2014. O deputado conseguiu 60,6%  dos votos válidos em em São Mateus, norte do Estado. Ele bem que tentou não entrar na disputa deste ano pela prefeitura, mas não teve jeito. Devido ao bom desempenho, não poderá se furtar de concorrer. 
 
Depois de Jorge Silva, quem teve o melhor desempenho junto ao seu principal reduto foi Sérgio Vidigal (PDT), que também é cotado para a disputa à prefeitura da Serra. Ele conseguiu 47,4% dos votos válidos na Serra – a marca representou mais de 96 mil votos dos 161.744 conquistados pelo deputado mais votado em todo o Estado. A situação de Vidigal é um pouco diferente da de Jorge Silva. Ele não é favorito absoluto, já que a população do município estaria esgotada do revezamento entre ele e o atual prefeito Audifax Barcelos (Rede) à frente da prefeitura. Mesmo assim, a musculatura política de Vidigal ainda é alta.
 
O deputado federal Paulo Foletto (PSB) teve o terceiro melhor retrospecto na eleição de 2014, com 39,7% dos votos válidos em Colatina. Ele também é cotado para a disputara prefeitura colatinense e pode ser a chance do PSB conquistar uma prefeitura importante. 
 
Helder Salomão (PT) conseguiu 37% dos votos válidos dos cariaciquenses e é franco favorito na disputa pela prefeitura. O deputado, porém, não decidiu se será candidato a prefeito este ano. No geral, ele alcançou 83.967 votos. Tem andado muito no município, mas também circula pelo interior. O petista ainda não decidiu se vai para a disputa, mas já avisou que participará ativamente do pleito, mesmo que apoiando outro candidato.
 
Max Filho (PSDB) é outro que ainda não decidiu se disputa a eleição municipal deste ano. O deputado federal conquistou 28.8% dos votos válidos em Vila Velha, que representou mais de 56 mil votos. Para se ter uma ideia, o segundo colocado no município à Câmara mais bem votado foi Reginaldo Loureiro (DEM), com 13471 votos. O bom desempenho e o fraco desempenho do atual prefeito Rodney Miranda (DEM) pressiona Max a entrar na disputa. O tucano, porém, se esforça para viabilizar outro nome para a disputa. O flerte mais forte é na direção do deputado estadual Hércules Silveira, que estaria sendo assediado para deixar o PMDB e concorrer pelo PSDB.
 
Em Vitória a situação é diferente. O deputado Lelo Coimbra (PMDB), segundo mais bem votado no Estado, com 94.759, conquistou apenas 6,7% dos eleitores de Vitória. O ''indice, porém, foi o segundo melhor dos candidatos que disputaram à Câmara entre os eleitores da Capital. O primeiro mais votado em Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), obteve 14,3% dos votos válidos dos eleitores da Capital, marca que lhe assegura um certo favoritismo na corrida deste ano à prefeitura de Vitória. Muitos candidatos puxam votos na cidade e uma concentração acima de 10% já considerada relevante na cidade. Situação bastante diferente da de São Mateus, que permitiu Jorge Silva a conquistar mais de 60% dos votos dos mateenses.
 
Claro que a eleição municipal é totalmente diferente da eleição para deputado federal, mas serve para avaliar o prestigio das lideranças com os eleitores de cada colégio eleitoral e ajuda a prever um cenário com a participação dessas lideranças. 
 
 

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