Sexta, 19 Abril 2024

Entidades e movimentos sociais se mobilizam em favor da saúde pública

Entidades e movimentos sociais se mobilizam em favor da saúde pública
O Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira (7), foi marcado pela Marcha pela Saúde – em defesa do SUS, organizada pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (Sindsaúde-ES) e endossada por diversas entidades e movimentos sociais. O movimento, que tomou as ruas de Vitória na manhã desta quinta, denunciou o sucateamento, privatização e a falta de investimentos na área por parte do governador Paulo Hartung (PMDB).



O movimento saiu da Praça de Jucutuquara e seguiu até o Palácio Anchieta, sede do governo do Estado. Ao fim da caminhada, os participantes realizaram um ato público em frente ao Palácio.



Uma caravana do interior veio a Vitória engrossar o ato, que também foi apoiado pelas entidades que compõem o Fórum Capixaba em Defesa da Saúde Pública e por movimentos do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).


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O Fórum colocou na rua, mais uma vez, o bloco “Que Loucura” que entoa marchas e paródias em favor da luta antimanicomial. Na marcha, os membros reafirmaram a defesa da Reforma Psiquiátrica e do financiamento 100% público para a Rede de Atenção Psicossocial.



Os organizadores estimam que cerca de 5 mil pessoas participaram da marcha, que também denunciou a falta de responsabilidade do governo do Estado na administração do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante todo o ato, os portões do Palácio Anchieta permaneceram trancados e um forte aparato policial foi deslocado para o local.



As entidades que representam trabalhadores da saúde e os movimentos sociais defendem que o SUS seja integralmente público, gratuito e sob administração direta do Estado e controle social de trabalhadores e usuários.



No entanto, o que se vê atualmente é o sucateamento do sistema e a entrega de unidades hospitalares para a iniciativa privada, tirando o controle do SUS do Estado e dificultando a fiscalização. Para as entidades, o SUS vem sofrendo golpes por parte de governantes e empresas da saúde privada, por isso a necessidade de união dos trabalhadores e usuários.



As unidades hospitalares do Estado que não estão sucateadas estão sendo aos poucos entregues às Organizações Sociais (OSs), que privatizam os espaços funcionam com o mínimo de fiscalização. No Estado, hospitais de grande porte, como o Jayme Santos Neves; o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), o antigo São Lucas; e o Hospital Central já estão sob gestão de OSs.



Outros hospitais, como o Hospital Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Zarur (Himaba), localizado em Vila Velha, correm o risco de serem entregues para administração da iniciativa privada.



Na última reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES), diretores do Sindsaúde expuseram a preocupação dos servidores com a possibilidade de privatização do Himaba. Durante o encontro, representantes do sindicato questionaram o presidente do colegiado, o secretário de Estado de Saúde, Ricardo de Oliveira sobre esta terceirização. Os representantes dos trabalhadores levaram para o auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) uma faixa que dizia que o governo está entregando a saúde do Estado para a iniciativa privada.



O secretário respondeu que não haverá privatização e ainda não há projeto de terceirização do hospital. No entanto, disse que há interesse em terceirizar a unidade.

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