Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e um de prisão, da médica Roberta Barcellos Couto Olimpio de Carvalho, que também é servidora pública.
A investigação teve como foco a empresa Global Hosp Comércio de Equipamentos Médicos Ltda. que tem contratos com a secretaria há, pelo menos, sete anos. Os contratos levantaram suspeição, já que a empresa vencia todos os contratos de fornecimento emergencial de serviços. A área da atuação da empresa é no fornecimento de cilindros de oxigênio para locação incluindo o reabastecimento do produto.
Segundo as investigações, a empresa provocava a impugnação dos editais de licitação para fornecimento dos serviços e era contratada emergencialmente para prestar os mesmos serviços para a pacientes de oxigenoterapia no Centro Regional de Especialidades (CRE), que são de natureza continuada, não podendo ser interrompidos.
Uma auditoria da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) apontou que a médica pneumologista era a articuladora desses contratos emergenciais, firmados por meio de termos de referência viciados, direcionados para a empresa investigada.
As investigações também constataram que a prestação de serviços pela empresa tinha irregularidades, como cobrança por pacientes mortos; em duplicidade; e por pacientes em hospital, como se estivesse sendo atendidos em domicilio.