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Pesquisa aponta que 370 mil são usuários de crack nas capitais

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou o estudo “Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do País”, divulgado nesta quinta-feira (19) pelos ministérios da Justiça e da Saúde. O levantamento aponta que os usuários de crack ou drogas similares (pasta-base, merla e oxi) somam 370 mil pessoas nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
 
Os usuários de crack ou similares são considerados uma população oculta e de difícil acesso, representando 35% do total de consumidores de drogas ilícitas, com exceção da maconha, nesses municípios, estimado em 1 milhão de pessoas.
 
A pesquisa foi encomendada à Fiocruz pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad). A metodologia usada na pesquisa é inédita no Brasil, já que foi a única até o momento capaz de estimar de forma mais precisa esse segmento.
 
O Nordeste é a região em que se concentra o maior número de usuários regulares do crack, com  aproximadamente 150 mil dependentes – cerca de 40% do total de pessoas que fazem uso regular da droga em todas as capitais do país. 
 
A pesquisa observou que, diferentemente dos dados internacionais, os usuários brasileiros não são (em ampla maioria) ex-usuários de drogas injetáveis. Dentre os usuários de crack/similares no Brasil, apenas 9,2% referiram ter feito uso anterior de droga intravenosa.
 
Segundo a pesquisa, 10% das mulheres usuárias de crack entrevistadas estavam grávidas no momento da entrevista. Mais da metade das usuárias já havia engravidado ao menos uma vez desde que iniciou o uso do crack. O estudo considerou o achado preocupante devido às consequências importantes do consumo do crack durante a gestação sobre o desenvolvimento neurológico e intelectual das crianças expostas.
 
Vitória
 
Vitória, uma das capitais pesquisadas, tem implementado consultórios itinerantes para atender à população em situação de rua e também pessoas usuárias de álcool e outras drogas. 
 
Entre janeiro a julho deste ano, a ação atendeu 517 pessoas. As equipes foram ampliadas de uma para quatro que se dividem para atuar das 8 às 24 horas, de segunda a sexta-feira, pelas ruas e avenidas da Capital.
 
O Consultório na Rua realiza um trabalho de atendimento aos cuidados básicos de saúde específico para os moradores de rua, muitos deles usuários de crack e outras drogas. O atendimento é feito em seus locais de permanência pelas equipes itinerantes. 

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