A coleta de dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), do Ministério da Saúde, começou nesta quarta (9), no Espírito Santo. Cerca de 300 moradores dos municípios de Marataízes e Vitória deverão participar do estudo.
De acordo com o Ministério da Saúde, a pesquisa é importante para mostrar como é a utilização dos medicamentos para as doenças mais comuns e crônicas. O levantamento também vai revelar se as pessoas seguem as prescrições médicas e se persistem no tratamento com medicamentos; se há variação no acesso aos remédios de acordo com condições sociais, econômicas e demográficas; a avaliação dos serviços de assistência farmacêutica na Atenção Básica; e uso racional de medicamentos da população. Para isso, também será pesquisado o acesso à política de assistência farmacêutica na Atenção Básica.
No país serão entrevistadas 38,4 mil pessoas, em 245 municípios brasileiros, sobre temas como o uso de remédios, acesso aos produtos no Sistema Único de Saúde (SUS), uso racional de medicamentos e a automedicação.
No estado, foram registradas 1.170 internações por intoxicação de medicamentos nos últimos cinco anos, enquanto no país esse número chega a 60 mil casos.
Segundo o órgão, no Estado, o público será dividido por gênero, escolaridade e em sete faixas etárias – desde crianças a idosos. As informações coletadas serão transmitidas em tempo real por tablets, para análises dos dados por professores-pesquisadores de 12 instituições parceiras do Ministério da Saúde.
A pesquisa está dividida em duas etapas. A primeira, que começou no último dia 23, irá abranger domicílios dos 26 estados e no Distrito Federal. Os entrevistadores, identificados com crachás e com a carta de apresentação do Ministério da Saúde, vão questionar sobre os hábitos e, inclusive, verificar quais os medicamentos que a população possui em casa.
Já a segunda parte da PNAUM será a aplicação de questionário nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos locais de entrega dos medicamentos nesses serviços. Nesta etapa, secretários de saúde, coordenadores municipais da assistência farmacêutica, responsáveis pela distribuição de medicamentos nas farmácias ligadas ao SUS, médicos e usuários também serão entrevistados. O enfoque será o funcionamento dos serviços de assistência farmacêutica.
Ao todo, serão investidos R$ 9,4 milhões no estudo. A coordenação dos trabalhos é de responsabilidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A previsão é que os dados estejam finalizados até o início de 2014.