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Bancários podem entrar em greve por tempo indeterminado

Caso os bancos não apresentem uma proposta decente nesta semana, que atenda as reivindicações da categoria, o Comando Nacional da Campanha Salarial que representa os bancários promete construir um calendário de luta, que inclui uma greve por tempo indeterminado. O Comando Nacional da categoria está reunido com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em São Paulo, durante toda esta semana, mas ainda não houve consenso nas negociações. 

De acordo com informações do Sindibancários-ES, o setor mais lucrativo do país apresentou novamente proposta insuficiente aos seus empregados e com retirada de direitos. Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander), que somente no primeiro semestre deste ano já ganharam R$ 42 bilhões ou quase 18% mais que em 2017, apresentaram aos bancários um acordo com aumento real de somente 0,5%, e alteração ou exclusão de diversas cláusulas de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), como o pagamento proporcional, e não mais integral, da PLR das bancárias em licença-maternidade e de afastados por doença ou acidente.

“Não é porque a Convenção Coletiva vence no dia 31 de agosto que vamos abrir mão dos nossos direitos e não vamos fazer greve. A Fenaban adota essa estratégia de enrolação nas negociações justamente para que a gente aceite qualquer acordo.  Mas não vamos recuar. Mesmo diante do risco de os bancos retirarem direitos a partir do dia 31 de agosto, não cederemos à pressão. Precisamos continuar mobilizados para construir uma greve forte, mesmo que se estenda até setembro, e garantir que os bancos atenda a nossas reivindicações”, enfatiza o coordenador geral do Sindibancários/ES, Jonas Freire.

No último dia 2 de agosto, os bancários capixabas realizaram um protesto nas principais agências de Vitória, como parte da Campanha Salarial 2018. A categoria retardou em uma hora a abertura das agências do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa e Santander, na Enseada do Suá, e do Banco do Brasil, na Capital. 

A mobilização também foi realizada no Palas Center, no Centro de Vitória, mas não houve paralisação das atividades do Banestes. 

A entidade informou que, nesta Campanha Nacional, os bancários lutam por melhores condições de trabalho e valorização salarial. A categoria reivindica, ainda, um piso salarial digno, um plano de cargos e salários que garanta ascensão profissional, o fim das metas, que atormentam e adoecem os bancários, a redução das tarifas bancárias, e a ampliação do horário de atendimento à população.

 

Segundo o Sindibancários-ES, mais de 40 mil postos de trabalho foram extintos pelo setor bancário desde 2016. Além disso, os bancos são responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no Brasil entre 2012 e 2017, mas por 5% dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho, de acordo com levantamento realizado pela Fecomércio.

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