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Munição recarregada

Muribeca sobe tom das críticas e chama prefeito da Serra, Sergio Vidigal, até de “corrupto” no plenário da Assembleia

Lucas S. Costa/Ales

Candidato à Prefeitura da Serra em 2024 e crítico costumaz de Sergio Vidigal (PDT), o deputado estadual Pablo Muribeca (Patri) subiu o tom no plenário da Assembleia Legislativa na sessão desta segunda-feira (18). O longo discurso abordou diferentes assuntos, desde o que chamou de “modus operandis”, “perseguição” e fake news a líderes da oposição, à baixa nos investimentos em educação e saúde e abandono do município, até chegar ao ápice de acusar: “está no sangue desse prefeito ser ‘corrupto”. A frase final veio junto da informação de que o prefeito teve “R$ 1,5 milhão bloqueado de suas contas” e que, no passado, “sumiram R$ 45 milhões e ninguém sabe ainda onde foi parar”. Muribeca também apontou que a gestão municipal “está na mira do Tribunal de Contas do Estado” e que Vidigal contratou seis pessoas para monitorá-lo, a quem definiu como “soldados e cabos de guerra”. Lá pelas tantas, citou o presidente do Republicanos, Erick Musso, partido pelo qual deve disputar, e da Assembleia, Marcelo Santos (Podemos), revelando conversa política entre eles sobre a Serra também nesta segunda, e que rendeu não só estratégias, como se vê, como exaltações a outros prefeitos da Grande Vitória, com um comparativo: “os municípios mudaram de gestão, a Serra está há 30 anos nas mesmas mãos”. O deputado fez ainda provocação em relação às declarações do prefeito de que não irá mais concorrer ao cargo: “Será que cansou e deixou a cidade um relaxo?”. Ao encerrar, avisou que volta na próxima sessão: “eu vou subir aqui e não tem conversa, vou falar a verdade para as pessoas”. Detalhe: falta mais de um ano para as eleições municipais!

Bloco
O discurso do deputado sinalizou uma resposta a outro de Vidigal, que teria sido feito na inauguração do novo Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica (Cramsv), em Serra Sede, na última sexta-feira (15). O prefeito, diz Muribeca, “destilou ódio, só faltou xingar”, os vereadores de oposição.

Bloco II
Os nomes que listou em plenário são: Anderson Muniz (Podemos), Darcy Júnior (Patri), Alex Bulhões (PMN), Igor Elson (PL) e Professor Arthur (Solidariedade).

Bloco III
Já os prefeitos que receberam elogios, no comparativo com Vidigal, foram justamente os candidatos de Erick e Marcelo: Lorenzo Pazolini (Republicanos), em Vitória; Arnaldinho Borgo (Podemos), em Vila Velha; e Euclério Sampaio (União), em Cariacica. Pontos destacados: prefeitos jovens e com entregas e obras.

No mais…
Muribeca repetiu assuntos que sempre leva ao plenário, como “o caos na saúde, apesar do prefeito ser médico”, a mobilização contra a cobrança de multa por videomonitoramento; e falta de pessoas capacitadas e técnicas na equipe de Vidigal, o que o deputado atribuiu à “preocupação apenas com sua carreira política e de sua mulher [ex-deputada Sueli Vidigal], e não com a população e a Serra”. Veremos o que mais vem por aí!

Mais próximo
A temporada de circular pelos bairros para o contato direto com o eleitorado, definitivamente, “está on” em vários municípios capixabas, seja para cotados às prefeituras como às câmaras de vereadores. Semana passada, citei aqui o projeto de Euclério Sampaio, em Vitória, anunciaram ação semelhante os vereadores Karla Coser (PT) e Vinícius Simões (Cidadania). Todos candidatos à reeleição.

Mais próximo II
A iniciativa de Euclério chama “Cariacica nos bairros”. Karla batizou de “Fala Comunidade” e começa nesta quarta-feira (20), às 19h, no bairro Romão, englobando a Regional 3 da Capital. Simões, por sua vez, divulga o programa “Por Toda Cidade – os desafios do seu bairro”, com a diferença de ser online. “Aguardo você, sexta-feira [15], às 9h no meu Instagram”, convoca, com foco nos moradores da Região 2.

Frenético
Em nova rodada de conversas, que seguem em ritmo frenético, como já analisado aqui, o deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), que está no circuito da disputa à Prefeitura de Vitória, se reuniu com mais dois atores políticos: Gilson Daniel, deputado federal e presidente do Podemos, e Mazinho dos Anjos, colega de plenário e do PSDB.

Frenético II
Do lado de Gilson, trata-se de um aliado de primeira fileira do governador Renato Casagrande, assim como Hoffmann, e que não tem candidato em Vitória. Já Mazinho transita bem pelo grupo, mas integra as articulações que colocam gás no palanque do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas, embora o próprio deputado, tempos atrás, tenha anunciado interesse na disputa. Para não fugir à regra, Hoffmann saiu falando de “alinhamento e futuro”.

Nas redes
“Vitória precisa de uma chance para sair das mãos daqueles que representam o retrocesso e a devastação dos direitos e serviços públicos. Vamos com tudo para construir um projeto democrático, popular e plural, que transforme a vida das pessoas que vivem e trabalham em Vitória”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol e agora candidata declarada à prefeitura em 2024.

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