Quinta, 02 Mai 2024

DCE da Ufes prepara agenda de lutas por tarifa zero no transporte público

onibus_saradeoliveira Sara de Oliveira

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) está organizando uma agenda permanente de mobilização em defesa da aplicação de passe livre no transporte público coletivo do Espírito Santo. O primeiro ato está previsto para acontecer no próximo dia 7 de fevereiro.

O encaminhamento foi estabelecido em plenária online realizada nessa terça-feira (16), a qual foi convocada após o reajuste de 4,44% na tarifa dos ônibus do Sistema Transcol, da Grande Vitória. O valor diário subiu de R$ 4,50 para R$ 4,70. Já a tarifa promocional aos domingos (pagamento com cartão cidadão) passou de R$ 3,90 para R$ 4,10, e o da Bike GV, de R$ 2,25 para R$ 2,35. Os novos preços começaram a valer no último domingo (14).

"Nós entendemos que esse aumento é arbitrário. Muito além da redução dos valores, queremos um transporte público digno e com tarifa zero para toda a população", afirma a estudante de Pedagogia Nicoly Moura, diretora de Organização do DCE da Ufes.

De acordo com Nicoly, além do planejamento do ato de 7 de fevereiro – ainda sem uma programação definida –, o DCE está se articulando com deputados de esquerda do Estado, com a Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DPES) e com sindicatos. O objetivo é concretizar uma frente ampla e permanente de atuação para garantir, a toda a população, o direito à cidade.

"O DCE defende que o transporte público do Estado, tanto da região metropolitana quanto dos interiores, seja administrado e gerido pelo governo estadual. A influência e a gestão da iniciativa privada no transporte público do Estado faz com que todos os anos, reiteradamente, nós tenhamos que lidar com o aumento dos preços das passagens", argumenta.

Também para diretora do DCE, os aumentos se dão mesmo que não haja uma melhora significativa da qualidade do serviço prestado, e sem outras justificativas plausíveis para acontecerem. "Os aumentos são definidos sem nenhum tipo de diálogo com a população e sempre gerando mais lucros para essas empresas", acrescenta.

Nicoly explica ainda que a escolha de uma data relativamente distante para a realização do primeiro ato tem como objetivo dar tempo para uma grande mobilização junto à classe trabalhadora. Os estudantes secundaristas também já terão retornado de férias em 7 de fevereiro, o que favorece a ampliação do movimento.

"Nós queremos fazer um grande movimento de conscientização sobre o direito de acesso à cidade e colocar o passe livre como algo possível para todo o Espírito Santo", completa.

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