
A solenidade teve a presença da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), além do presidente do Tribunal de Justiça, Pedro Valls Feu Rosa; do governador Renato Casagrande; da senadora Ana Rita (PT-ES), que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa; da deputada federal Iriny Lopes (PT-ES); e da juíza Hermínia Maria Silveira Azoury, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJES.
A ministra Eleonora Menicucci ressaltou que o Estado está dando a volta por cima no combate à violência contra a mulher. Além da inauguração do Juizado Itinerante, a ministra também veio ao Estado para assinar o termo de adesão ao programa “Mulher, Viver sem Violência”, do governo federal, com o governador Renato Casagrande; o prefeito de Vitória, Luciano Rezende; o presidente do TJES, Pedro Valls Feu Rosa; o defensor público-geral do Estado, Gilmar Alves Batista; e o procurador-geral do Ministério Público Estadual (MPES), Eder Pontes da Silva.
A SPM vai doar ao Estado os dois primeiros ônibus de Unidade Móvel para Mulheres em Situação de Violência no Campo e na Floresta. O objetivo é que os veículos circulem pelo interior do Estado, facilitando o acesso das mulheres à Lei Maria da Penha e a serviços de prevenção à violência.
Eleonora disse que muito do compromisso do Estado contra a violência contra mulheres se dá pela luta da juíza Hermínia Azoury, que também é idealizadora do Botão do Pânico, iniciativa inédita no País que consiste em um dispositivo dado a mulheres vítimas de violência doméstica e com medida protetiva que deve ser acionado em caso de aproximação do agressor. A ministra se disse impressionada com o resultado de cinco prisões desde que o programa foi lançado, em abril deste ano.
Ela salientou, também, que políticas públicas se fazem com a participação da sociedade civil e que nada se resolve se não houver debate, conversa e diálogo.
A senadora Ana Rita disse que, desde a passagem da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CMPI) da Violência contra a Mulher pelo Estado, em maio de 2012, muitas medidas foram tomadas para tentar reduzir a violência contra a mulher. Neste período foi inaugurado o plantão da Delegacia da Mulher, foi dada posse a 68 defensores públicos que também vão atender mulheres vítimas de violência doméstica, o TJES designou psicólogos e assistentes sociais para fazer o atendimento de mulheres também no interior do Estado, a implementação do botão do pânico e, finalmente, a entrega do Juizado Itinerante.
A senadora, que foi relatora da Comissão, ressaltou que ainda há muito a ser feito. “Precisamos reunir esforços para que as políticas públicas sejam interiorizadas”, afirmou ela, completando que um dos levantamentos da CPMI apontou faltam recursos para a implementação de políticas públicas.
A deputada federal Iriny Lopes, que foi antecessora da ministra Eleonora Menicucci, ressaltou que a violência contra a mulher é promovida exclusivamente por uma questão de gênero. Ela salientou, também, que o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Mulheres – presidido por Daniela Rosa de Oliveira – é um avanço, mas o que as mulheres merecem é uma Secretaria Estadual da Mulher.