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Vitória sedia a II Semana Estadual de Debate Contra o Extermínio de Jovens

Começa nesta segunda-feira (23) a II Semana Estadual de Debate Contra o Extermínio de Jovens, sediada em Vitória. A programação se estende até o próximo sábado, quando acontece a reinauguração do Centro de Referência da Juventude (CRJ).
 
Na segunda vai haver uma mesa redonda que vai discutir “Estratégias de combate e letalidade juvenil – Juventude Viva”. Entre os participantes, estarão a coordenadora nacional do Plano Juventude Viva, Fernanda Papa, o gerente estadual de Políticas Públicas de Juventude, Gustavo Badaró, o gerente municipal de Política de Juventude e Segurança Cidadã, Glauber Teixeira, e o articulador estadual do Juventude Viva, Luiz Inácio Silva da Rocha, o Lula.
 
Durante a semana acontecem exposições culturais e na quarta-feira (25), na Casa da Juventude, em São Pedro, acontecerá o Cine K-beça, com a exibição de um documentário que vai abordar a temática extermínio dos jovens, seguido de debate. 
 
O Mapa da Violência 2013 – Homicídios e Juventude no Brasil, elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfiz, e lançado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) atesta que a juventude negra está sendo exterminada no Estado, como há muito tempo vem denunciando o Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes) e o Movimento Negro.
 
Em 2011, ano usado como base de pesquisa, a taxa no Estado ficou em 144,6 mortes violentas de jovens negros por grupo de 100 mil, enquanto a taxa entre jovens brancos ficou em 37,3. Nos dois casos, o Espírito Santo é o segundo do País, no caso de homicídios de jovens brancos fica apenas atrás do Paraná, e de jovens negros é o segundo. Alagoas lidera.
 
O próprio estudo caracteriza a taxa do Estado como inaceitável e deixa claro a seletividade de jovens negros como vítimas preferenciais de homicídios. 
 
O Mapa também aponta que, se os índices de homicídio do País estagnaram em uma década, ou mudaram pouco, “foi devido a essa associação inaceitável e crescente entre homicídios e cor da pele das vítimas, pela concentração progressiva da violência acima da população negra e, de forma muito especial, nos jovens negros. E o que alarma mais ainda é a tendência crescente dessa mortalidade seletiva”.

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