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Coletivos de professores realizam carreatas neste domingo contra aulas presenciais

Mobilização seguirá para Sedu, onde será realizado um ato para pressionar o Governo Casagrande a recuar da decisão

Coletivos de professores do Estado realizam mais uma carreata neste domingo (4) contra o retorno das aulas presenciais autorizado pelo governo do Estado e Justiça do Trabalho. Eles sairão do Sambão do Povo, às 9h, e seguirão até a Secretaria Estadual de Educação (Sedu), onde será feito um ato simbólico como forma de pressionar a gestão Renato Casagrande a recuar na decisão.

O ato ocorre após duas decisões judiciais, uma proibindo e outra que autoriza o retorno das aulas a partir desta segunda-feira (5). A primeira favorável ao Sindicato dos Professores (Sinpro), que representa professores da rede privada, e chegou a obter na 13ª Vara do Trabalho de Vitória a suspensão do retorno às aulas presenciais nas escolas particulares. Entretanto, a juíza substituta Denise Alves Tumoli Ferreira, decidiu, nessa sexta-feira (2), acatar os recursos impetrados pelo governo e Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espirito Santo (Sinepe-ES) e restabeleceu a autorização para o retorno das aulas presenciais.

O integrante do Coletivo Educação pela Base, Antônio Barbosa, informa que a carreata deste domingo passará pelas avenidas Serafim Derenzi, Maruípe, Reta da Penha e Vitória, até chegar à Sedu.

Além do Coletivo Educação pela Base, organizam a mobilização os Educadores pelo Socialismo, o Resistência e Luta Educação, o Coletivo Luta Unificada dos Trabalhadores da Educação (Lute), Professores Associados pela Democracia em Vitória (PAD-Vix) e Fórum de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo Antônio, a ideia também é dialogar com as comunidades da Grande São Pedro quando a carreata passar na Serafim Derenzi. 

A realização da carreata foi deliberada em assembleia virtual realizada pelo Coletivo Educação pela Base, Coletivo Educadores pelo Socialismo e PAD-Vix em 28 de setembro, com cerca de 600 profissionais. Na atividade foram deliberadas ações de mobilização contra o retorno das aulas presenciais no ensino fundamental e médio, anunciado pelo governo do Estado. Uma ação deliberada na assembleia e já realizada foi um protesto em frente ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação pública do Espírito Santo (Sindiupes), nessa quarta-feira (30). 
A categoria colocou cartazes na fachada reivindicando a realização de assembleia para discutir a possibilidade de greve contra o retorno das aulas presenciais. “O ato é uma forma de se manifestar contra a inércia do sindicato, que não fez nada até agora para barrar o retorno das aulas presenciais”, ressalta Antônio Barbosa. Outras ações deliberadas foram reivindicar que os conselhos de escola se manifestem contra o retorno presencial e mover ações judiciais para impedir as aulas presenciais. 
Os professores decidiram, ainda, pela realização de plenárias regionais para alcançar o maior número de professores possíveis de todo o Estado. As redes sociais serão um instrumento de mobilização. “Vamos atuar nas redes em campanhas para sensibilizar a comunidade escolar e toda a sociedade. Vereadores e deputados estaduais também serão contatados pelos professores”, afirma Antônio.
O retorno ao ambiente escolar foi autorizado pelo governo do Estado nos municípios classificados como risco baixo no Mapa de Risco a partir da próxima segunda-feira na rede privada e no dia 13 para as redes públicas estadual e municipais. Segundo o 25º Mapa de Risco da Covid-19, somente dois municípios não atendem a essa condição: Piúma e São José do Calçado, que estão em risco moderado. 
O ensino médio será o primeiro a voltar na rede pública, com metade dos alunos na primeira semana e a outra metade na semana seguinte. Feita uma avaliação do impacto, retorna o fundamental 2, também em duas etapas; seguido do fundamental 1; e por último, a educação infantil, esta, porém, de forma diferente, apenas com pequenos grupos de crianças por vez. Todo o processo deve durar seis semanas.

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