'Mesversario' de acampamento na Serra tem apoio de conselhos e coletivos
Completa nesta quinta-feira (9), o primeiro "mesversario" do AcampaPMSerra, o acampamento iniciado em nove de agosto pelo Coletivo Mães Eficientes Somos Nós (MESN) na Prefeitura da Serra, em reivindicação de condições concretas para o retorno de seus filhos com deficiência para as aulas presenciais estabelecidas como obrigatórias desde o dia dois de agosto.
Para comemorar essa grande mobilização feminina, as mães abriram o acampamento para receber membros de coletivos, conselhos, comissões e entidades que atuam na defesa dos direitos da pessoa com deficiência (PCD) e dos direitos humanos em geral, numa celebração da resistência e da luta pelo bem maior da sociedade.Coordenadora do Coletivo Beco, a pedagoga e ativista social Crislayne Zeferina ressalta que o coletivo "tem uma luta intensa contra violência à mulher, seja ela institucional ou não" e que "o que está acontecendo com essas mulheres é uma violência institucional, que começa na prefeitura e termina na escola com seus filhos e filhas", descreve.
Compartilha que antecede, em algumas horas, a reunião marcada pelo prefeito, Sergio Vidigal (PDT), em seu gabinete, na presença de várias autoridades e uma comitiva de três mães do Coletivo.
"Nós estamos indo para ouvir qual a proposta dele, o que eles fizeram até agora e o que têm para nos dar. Mas não estamos satisfeitas, porque a ocupação não é de três pessoas, é um movimento de mulheres, são mães que estão dia e noite ocupando o espaço, morando no espaço há 31 dias, e só três foram convidadas. A gente só suspende o movimento com o prefeito descendo para ouvir as mães", declara Lucia Mara Martins, coordenadora estadual do MESN.
'Desacampar'
As condições para "desacampar", no entanto, são três. O primeiro, "o prefeito trazer um documento assinado, firmando o compromisso conosco com a data que todos os profissionais contratados estarão nas escolas e apresentar os dados recentes de quantos tem; quais escolas, quantos e quais os profissionais".
O segundo, "o prefeito descer no pátio e sentar com as mães e seus filhos PCDs buscando seus direitos, sem a presença dos secretários Gracimeri Gaviorno (Direitos Humanos), Alessandro Bermudes (Educação) e Lilian Mota Pereira (chefe de gabinete do prefeito), pois no dia 13 eles nos viraram as costas sem dar um pingo de satisfação, fazendo criança autistas esperarem até às 23 horas".
No convite para a reunião presencial, Sergio Vidigal afirma que o objetivo é "apresentar, discutir e encaminhar pautas referentes à educação inclusiva".
Foram convidados também a promotora de Justiça Maria Cristina Rocha Pimentel; o defensor público Renzo Soares; a presidente do Conselho Municipal de Educação, Márcia Saraiva; a presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos, Tânia Molaes; a presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Ana Paula Vermelho Baptista; o conselheiro do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência Raique José de Souza; três representantes do Coletivo MESN: Juliane Aguiar, Sra. Lucia Mara Martins e Mariana Saturnino de Paula; os vereadores Elcimara Loureiro, da Comissão de Assistência e Saúde; José Artur Oliveira costa, Presidente da Comissão Municipal de Educação; e Anderson Muniz, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos; além de um representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Concase).
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