Como ficou sinalizado na sessão dessa segunda-feira (6), o plenário da Assembleia conseguiu blindar o secretário de Educação Haroldo Rocha de um enfrentamento à comunidade escolar na Assembleia. Por 16 votos a quatro, o plenário do Legislativo rejeitou o Requerimento de convocação do titular da pasta, apresentado pelo deputado Sérgio Majeski (PSDB).
A convocação seria para que o secretário comparecesse à Comissão de Ciência e Tecnologia, presidida por Majeski, para expor e debater sobre ciência, tecnologia, inclusão digital e qualificação profissional, dentro do Plano Estadual de Educação, aprovado no último dia 17 na Assembleia em meio a atropelos e manobras de aliados palacianos.
O líder do governo na Assembleia, deputado Gildevan Fernandes (PV), pressionou ainda mais o plenário pela rejeição da convocação, solicitando votação nominal, o que ficou entendido como um recado do governo para identificar quem estaria votando a favor do requerimento.
Depois da votação, o deputado Sérgio Majeski foi à tribuna para lamentar a posição dos colegas. Ele destacou que não havia necessidade de “blindar” o secretário, já que o debate não seria político ou partidário, e sim, no campo das ideias. “Com a manobra fica parecendo que o governo não tem explicação para dar”, disse o deputado.
Gildevan rebateu a afirmação do tucano. Ele alegou que não há manobra para defender o secretário, porque ele tem competência para defender o Plano, mas que o mecanismo não teria sido o adequado.
O secretário, na opinião do líder do governo, deveria ser convidado e não convocado. Ele disse ainda que o secretário está à disposição da Assembleia no segundo semestre para participar de eventos na Casa.