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Com debandada de vereadores do SD, Manato corre o risco de ficar isolado

O deputado federal Carlos Manato vive um problema em seu partido. Embora afirme que não vai prender nenhum filiado, sua base está em risco. Até aqui já foram 12 vereadores que deixaram o partido no Estado, sendo cinco no município da Serra, base que garantiu sua primeira eleição, em 2002, e um dos maiores colégios eleitorais do Estado.
 
Para a eleição do ano passado, Manato aproveitou a janela partidária, com a criação do Solidariedade, e migrou para a nova sigla, conquistando a presidência estadual do partido. Isso devera lhe garantir capital político para sentar às mesas de negociação para as eleições do próximo ano, mas com a debandada a situação dele fica mais complicada. 
 
A situação política fica mais difícil porque os vereadores que deixam o SD saem reclamando da falta de atenção da Estadual. Quando deixou o PDT, Manato reclamava da mesma situação. Neste sentido, o deputado corre o risco de ficar isolado na disputa em 2018 e ter de negociar muito para a eleição do próximo ano.
 
 Se seu ex-correligionário Sérgio Vidigal (PDT) vencer a eleição, existe a probabilidade que ele tente eleger a mulher, Sueli Vidigal, em 2018 para Câmara dos Deputados. Da mesma forma que os candidatos que saírem derrotados da disputa do próximo ano ficam credenciados para a disputa de 2018. 
 
Além de Vidigal, também disputam Audifax Barcelos (PSB), que já foi deputado federal antes de eleito prefeito; Vandinho Leite, que foi um dos mais bem votados do ano passado para o mandato e não se elegeu por causa da legenda. Também vem se movimentando no município, o deputado federal Givaldo Vieira (PT). 
 
Neste sentido, o campo fica congestionado para a disputa de Manato no município da Serra. Mas o parlamentar surpreende por sua capacidade de articular um caminho para garantir suas eleições. Isolado outras vezes, ele conseguiu descentralizar sua base e captar os votos necessários para a eleição. 
 
Por isso, mesmo que tenha perdas no Solidariedade, ele tem capacidade para se reerguer em 2018. Mas se não conseguir criar condições para que seu partido possa crescer no Estado, será cobrado da direção nacional da sigla. Para suprir as perdas, o deputado deverá criar condições de atrair novos quadros para o partido na janela partidária que será aberta com a minirreforma eleitoral. 

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