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CPI dos empenhos será suspensa durante o período eleitoral

Os deputados que compõem a CPI dos Empenhos só devem retomar os trabalhos depois das eleições. Em uma reunião extraordinária nesta terça-feira (9), os parlamentares decidiram pedir a prorrogação da CPI por mais 90 dias. A próxima reunião está prevista para o dia 19 de outubro. 
 
O argumento para o requerimento de prorrogação foi justamente o de que de que a CPI não funcionará durante o período eleitoral. Participaram da reunião desta terça o presidente do colegiado, deputado Gildevan Fernandes (PMDB),  e os membros da CPI Dary Pagung (PRP), Erick Musso (PMDB) e Almir Vieira (PRP). Dos membros permanentes, Musso e Vieira são candidatos a prefeito, o primeiro em Aracruz e o segundo em Anchieta. Mas o entendimento nos bastidores é de que a decisão de jogar os trabalhos para depois da eleição iria bem além do simples processo eleitoral. 
 
É que após as disputas municipais, a expectativa é de que haja alterações tanto na composição do plenário quanto em seu comportamento. Hoje, com os deputados envolvidos direta ou indiretamente nas disputas, a tendência é de que haja interesse em manter o ex-governador Renato Casagrande (PSB) fora do relatório da CPI. Depois da eleição, porém, o cenário pode mudar, assim como a sorte do ex-governador, que pode ser beneficiado ou prejudicado com os resultados das urnas. 
 
A manobra que vem sendo empreendida pelo governador Paulo Hartung (PMDB), desde a criação da CPI, tem sido no sentido de responsabilizar Casagrande sobre os pagamentos de despesas sem os devidos empenhos, o que serviria de subsídio para rejeitar as contas do socialista na Assembleia. A reprovação das contas o tiraria do jogo político de 2018, quando ele deve ir para o confronto nas urnas com o governador Paulo Hartung. 
 
A intenção do governador seria eliminar seu desafeto político com bastante antecedência, por isso, a partir do momento em que perdeu a confiança de que o relatório elaborado pelo deputado Euclério Sampaio (PDT) incriminaria Casagrande – o que acabou se confirmando, já que o deputado indiciou seis ex-secretários, mas não encontrou elementos para incluir o ex-governador entre os inciados –, Hartung iniciou uma série de manobras para colocar seus aliados na CPI, como o líder do governo, Gildevan Fernandes; o vice-líder, Erick Musso, e o presidente da Comissão de Finanças da Casa, Dary Pagung. 

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