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Ex-secretário de Desenvolvimento Urbano garante que fez empenhos

A reunião da CPI dos Empenhos da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (9) foi rápida. Dos três ex-secretários do governo Renato Casagrande (PSB) convocados apenas um foi ouvido: o ex-secretário de Estado de Saneamento e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Iranilson Casado, que negou a falta de empenho orçamentário na execução de projetos da sua pasta em 2014. 
 
A convocação dos ex-secretários do governo Casagrande foi feita depois que o atual secretário de Estado de Controle e Transparência (Secont), Marcelo Zenkner, afirmou que, além da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), as pastas de Justiça (Sejus), de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), de dos Transportes e Obras Públicas (Setop) e de Fazenda (Sefaz) também executaram despesas sem a devida provisão de empenhos. 
 
Em depoimento na CPI, no último dia 19 de agosto, Zenkner afirmou que as despesas sem empenho ultrapassaram R$ 276,3 milhões no governo do PSB. Os números são inferiores aos divulgados pelo próprio secretário em fevereiro. Naquela ocasião, Zenkner apontou um total de R$ 295 milhões.
 
Mesmo tendo se embaralhado sobre os valores que não teriam empenho e com as auditorias internas do governo que mostraram o contrário, ainda assim os deputados membros da comissão decidiram convocar os ex-secretários, embora só Casado tenha comparecido.
 
A ex-superintendente estadual de Comunicação Flávia Mignoni foi convocada, compareceu à reunião da CPI desta quarta-feira, mas foi dispensada pelos parlamentares, já que não houve nenhum tipo de citação de depoentes sobre a Superintendência. 
 
O ex-secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fábio Ney Damasceno, enviou ofício justificando sua ausência, em função de outros compromissos. Os parlamentares optaram pela reconvocação de Damasceno e ele será ouvido no dia 16 de setembro, às 12 horas, no plenário Judith Leão.
 
A CPI tem o objetivo de analisar se houve despesas sem o devido empenho orçamentário no governo de Casagrande em  2014. Mas nos bastidores, os comentários são de que a ideia é criar um cenário favorável à rejeição das contas do ex-governador, que em breve devem ser analisadas pela Assembleia. 

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