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Mão de ferro e ‘estratégia da omissão’ podem custar caro para Magno Malta

Observadores políticos acham que o senador Magno Malta errou ao ignorar a disputa ao Palácio Anchieta. O presidente regional do PR, considerado uma das principais lideranças políticas do Estado, ignorou o processo eleitoral no Espírito Santo, preferindo arriscar suas fichas na disputa à Presidência da República. Entretanto, o sonho de viabilizar seu nome dentro do PR acabou fracassando. 
 
Quando o republicano decidiu voltar suas atenções para o processo local, já era tarde. Magno ainda tentou se agarrar à candidatura “revelação” do delgado Fabiano Contarato. Aposta que também fracassou. Hoje, sem saída, Magno diz que vai trabalhar arduamente na campanha do Pastor Everaldo, presidenciável do PSC. “Se já carreguei Dilma por este País, que era mais pesada, não custa nada carregar você”, disse Magno a Everaldo. No Estado, Magno também faz a aposta num pastor. Ele concentra suas forças para ajudar o Pastor Arlindo Theodoro (PSC) a conquistar um assento na Câmara dos Deputados. Muito pouco para o peso político de Magno, que pode sair das eleições deste ano menor do que entrou. 
 
O bom desempenho dos dissidentes do PR nestas eleições pode confirmar que o senador perdeu território político ao fazer suas escolhas. Lá atrás, quando o ex-prefeito Neucimar Fraga (PV) e os deputados Vandinho Leite e Glauber Coelho, ambos no PSB, divergiram do estilo centralizador de Magno para conduzir o partido, o senador fez questão de mostrar que o PR era ele, e que os “rebeldes” estavam fadados ao anonimato político caso decidissem largar da sua mão. 
 
Largaram, e o processo está mostrando que os três têm vidas próprias sem a sombra de Magno. Vandinho fez uma gestão vistosa na Secretaria de Esportes e é um dos francos favoritos para conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados. Neucimar, que amargou uma dura derrota para Rodney Miranda (DEM) na disputa pela Prefeitura de Vila Velha, em 2012, parece ter se restabelecido do tombo.
 
A saída inesperada do então candidato Fabiano Contarato (PR) da disputa acabou jogando a oportunidade de entrar na corrida ao Senado no colo de Neucimar. O candidato do PV entra na disputa com reais chances de encarar de igual para igual o petista João Coser e a candidata do PMDB Rose de Freitas.
 
Glauber, outro remanescente do PR, tem boas chances de se reeleger deputado estadual. Sem falar no vice-prefeito de Vitória Waguinho Ito, que trocou o PR pelo PPS. Ito ainda não tem projeção política, mas pode surpreender na disputa à Câmara.
 
Após 5 de outubro, caso os resultados das urnas confirmem o favoritismo dos dissidentes do PR, será possível ter a real dimensão de que Magno Malta errou na estratégia. Primeiro ao não ter habilidade para conter a crise no partido que resultou na saída de lideranças de peso da legenda. Segundo por ter abandonado o processo eleitoral local em nome do sonho prematuro de disputar a Presidência da República. Quando decidiu voltar para o processo local, o bonde já havia passado. Resultado, acabou sendo surpreendido pela renúncia do candidato Contarato, sacrificou a reeleição da  sua mulher, a deputada Lauriete, e agora faz uma aposta modesta em dois pastores: um que disputa a Presidência da República mas não rompe os 3% de intenção de voto; e outro que é ainda um ilustre anonimo na disputa à Câmara.

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