A movimentação do secretário de Assistência Social do Estado, Rodrigo Coelho, em voltar ao seu mandato de deputado estadual expõe um problema que o PDT terá que resolver para 2018. Suas lideranças buscam espaço para a disputa de 2018. O partido é um dos mais interessantes para fazer coligações proporcionais, mas com o contingente de possíveis candidatos, pode acabar se transformando em patinho feio.
Em 2010, o partido conseguiu uma boa coligação com PRB, PP, PSC, PR, PHS, PV e PCdoB, o que lhe rendeu três cadeiras, ocupadas à época por Sueli Vidigal, Carlos Manato e Jorge Silva. A coligação elegeu ainda a ex-deputada Lauriete. Em 2014, o partido se uniu ao PT e elegeu Sérgio Vidigal. As outras vagas foram ocupadas pelos petistas Helder Salomão e Givaldo Vieira.
A situação para 2018, porém, é diferente e vai exigir muita organização do partido para acomodar seus possíveis candidatos. O espaço dentro do PDT ficou apertado com a não eleição de Sérgio Vidigal para a prefeitura da Serra, o que coloca como o primeiro da fila na disputa à reeleição para Câmara dos Deputados na próxima eleição.
Mas se houver uma boa divisão das lideranças, o partido pode conseguir acomodar seus candidatos por áreas no Estado, dividindo o voto. O problema será conseguir uma boa colocação com os nomes que têm para a disputa.
Além de Vidigal, o vice-presidente do partido, deputado estadual Josias Da Vitória, já vem construindo uma candidatura à Câmara e se fortaleceu na disputa deste ano, quando trabalhou as alianças do partido em todo o Estado. O PDT elegeu sete prefeitos, mas há muitos aliados que conseguiram se eleger e podem ajudar nesta composição para 2018.
Oriundo de Colatina, no noroeste do Estado, o deputado não tem o município como sua principal base. O problema é que a candidatura de deputado federal depende de uma base de deputados estaduais para casar a candidatura. Mas desde o episódio de alinhamento do deputado com o governador Paulo Hartung (PMDB), teria criado resistência para a busca de parceiros.
Neste cenário, Rodrigo Coelho volta para a Assembleia com a meta de se viabilizar para a candidatura de deputado federal de olho no filão de eleitores do sul do Estado. O secretário conseguiu migrar do PT, do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione, para o PDT, se livrando assim do desgaste político que vive o PT em nível nacional e que reverbera no Estado. Mas na secretaria, tem pouca visibilidade, por isso, volta para a Assembleia para tentar fortalecer. Dentro do PDT, porém, Rodrigo ainda é cristão novo e a nódoa do antigo partido ainda pesa na nova casa.