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Presente de grego

Nesse domingo (13), o vice-governador César Colnago assumiu interinamente o comando do governo do Estado. Ele fica no cargo até o próximo domingo (20). Esta é a primeira vez que o vice assume o cargo na gestão Paulo Hartung. 
 
Mas o que poderia ser uma oportunidade de garantir visibilidade e ganhar musculatura política – quem sabe para a disputa tucana no próximo ano, ou para uma sucessão em 2018, ou ainda para um mandato de senador também em 2018 – pode ser uma tremenda dor de cabeça. 
 
É que começa nesta terça-feira (15) e segue até sexta-feira (18) o “Apagão” de todos os serviços públicos estaduais, promovido pelos servidores do Estado, insatisfeitos com a falta de diálogo com o governo. Durante esses dias, apenas os serviços estaduais de urgência e emergência serão mantidos, portanto, e a orientação do sindicato à população é para que fi evite sair de casa e buscar atendimento.
 
O vice-governador prefere não tocar no assunto. Em sua fala na transmissão do cargo disse que estava integrado com as atribuições do governo e que na agenda estão incluídas visitas ao interior, reuniões de equipe, participação em eventos de interesse do Estado e despachos de rotina.
 
Quando anunciou o afastamento do cargo para cuidar de assuntos pessoais, os servidores imediatamente fizeram a leitura política do fato. Avesso a desgastes e enfrentamentos, para a categoria Hartung queria estar bem longo diante da paralisação dos serviços. 
 
Se a coisa ficar feia, quem vai ter de responder pelo governo é Colnago. Quando o titular voltar à cadeira a turbulência terá passado. Será?  A ausência de Hartung em um momento de crise pode prejudicar mais do que ajudar. Isso sem falar na imagem de Colnago, que vai ficar na linha de frente. 
 
Basta lembrar o início do governo do governo Casagrande, quando ele se afastou em dois momentos críticos: o primeiro na tensa desocupação de uma área em Aracruz e nas manifestações contra o reajuste de passagem dos ônibus. Nas duas situações, seu vice, Givaldo Vieira (PT) teve problemas. 
 
Como Hartung não revelou o motivo do afastamento e ele caiu justamente no período da mobilização, a impressão foi de que ele realmente não quis gerenciar a crise que se avizinhava e deixou um presente de grego para seu vice. Agora Colnago vai ter que lidar com uma situação adversa, da qual pode se sair bem, mas a tendência nunca é positiva nesse tipo de situação. 
 
Fragmentos:
 
1 – Qual debandada vai ser maior, de prefeitos do PSB ou de vereadores do SD? Com um quadro pequeno, o partido do deputado Carlos Manato está minguando. Vai conseguir substituir seu plantel a tempo para as eleições de 2016?
 
2 – Além de Max Filho (PSDB), outro deputado federal que tem pedido votos nas redes sociais para o Prêmio Congresso em Foco é Paulo Foletto (PSB). A votação vai até o próximo dia 20 e está sendo liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP).
 
3 – Ver Paulo Hartung (PMDB) segurando a camisa do Botafogo e chamando para o jogo no Kleber Andrade deve ter doido no botafoguense Renato Casagrande (PSB) tanto quando a derrota em outubro passado. 

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