O deputado federal Givaldo Vieira (PT) vem fazendo movimentos na Serra no sentido de pavimentar uma candidatura à prefeitura do município no próximo ano. Ele estaria em uma discussão interna com o ex-deputado estadual Roberto Carlos, que também teria interesse na disputa.
Para os meios políticos, o nome do PT no pleito não importa, porque o partido não conseguiu criar uma musculatura política na Serra a ponto de construir um candidato suficientemente forte para ancarar o embate polarizado entre Audifax Barcelos (PSB) e Sérgio Vidigal (PDT). O município até espera por uma novidade, uma terceira via, mas essa novidade na viria do PT.
O deputado Vandinho Leite (de saída do PSB) tenta se apresentar como uma novidade no pleito, fiando na votação expressiva que obteve para deputado federal em 2014. Vandinho tem essa condição ou pode servir para desequilibrar para um dos lados essa polarização.
Já o deputado Roberto Carlos, que disputou o governo do Estado no ano passado e teve um desempenho muito aquém do esperado pelos meios políticos, entra desgastado no pleito. Ele não aparece bem nas projeções feitas no município para o pleito de 2016.
No caso de Givaldo Vieira, a situação é diferente. A máxima de que o mandato eletivo lhe dá liberdade de disputar o executivo sem perdas, não se aplica à sua situação. Givaldo foi o vice-governador do Estado e nos quatro anos de governo rodou por todo o Estado. Conseguiu se eleger deputado federal pelos votos da legenda e se entrar na disputa pode sair com o capital menor do que tem hoje.
Givaldo, que já teve a Serra como sua principal base, acabou se afastando do eleitorado. Agora tenta se reaproximar do município, mas o momento em que o partido vive, em nível nacional, atrapalha um pouco essa aproximação. De qualquer maneira, Givaldo não tem muita opção, se não disputar a eleição em 2016 também fica enfraquecido para 2018 e não terá chances de se reeleger.