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Sandro Locutor pede varredura nos gabinetes para detectar grampo

O deputado Sandro Locutor (Pros) solicitou durante a sessão desta terça-feira (29) na Assembleia Legislativa, que a Mesa Diretora da Casa, por meio da Comissão de Segurança, promova uma inspeção nos gabinetes dos parlamentares. O deputado suspeita que os deputados estariam sendo alvos de grampo.

O pedido de Locutor foi reforçado pelo deputado Gilsinho Lopes (PR), que afirmou que muitas coisas que são ditas nos gabinetes ou nos telefones ganham conhecimento público. “Tem alguma coisa no ar”, disse em  tom misterioso o deputado.

O presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), afirmou que a Casa deve fazer uma varredura não só nos gabinetes, como também nos telefones dos deputados para detectar se há interceptações ilegais das ligações ou uso de escutas. Ferraço afirmou ainda que está sendo formatada na Casa a realização de uma CPI dos Grampos para investigar se essa prática ainda prospera no Estado.

A discussão sobre a interceptação de conversas dos deputados estaduais já vem acontecendo na Assembleia Legislativa desde o início de 2015, quando alguns deputados afirmaram que estariam sendo grampeados pelo “Guardião” – sistema de escuta da Secretaria de Segurança Pública. À época, o presidente da Assembleia chegou a enviar ofício ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público para saber se haveria alguma determinação para que houvesse interceptação de deputados.

No documento, Ferraço mencionou a suposta existência de interceptações telefônicas feitas de forma indireta, quando outro número grampeado entra em contato com o celular dos parlamentares e o Guardião monitora a chamada. O fato criou um mal-estar no Judiciário, já que o então presidente do TJES, desembargador Sérgio Bizzotto, cobrou de todos os membros da corte a resposta ao presidente da Assembleia.

As interceptações telefônicas ganharam destaque no Estado em 2005, com os desdobramentos do crime do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto em 2003. À ocasião os deputados realizaram a CPI do Grampo. Os trabalhos resultaram em um extenso relatório, que jamais foi lido na Assembleia.

 

 

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