Saúde e Educação são os temas que mais preocupam os eleitores de Vila Velha. Foi o que apontou a pesquisa Brand/Século Diário realizada no município. Os entrevistados poderiam apresentar até dois temas de interesse para que os candidatos abordem na campanha eleitoral.
O tema de maior destaque foi saúde, com 58%. Em segundo lugar veio educação, com 46,3%. O combate à corrupção e a segurança pública vêm em seguida com 25,5% e 24,8%, respectivamente.
Geração de empregos foi o tema escolhido por 15,8% dos entrevistados. Para 8,8%, as enchentes e as macrodrenagem são problemas que devem ser abordados. Para outros 7,8%, a infraestrutura urbana foi destacada como uma importante tema. O desenvolvimento econômico é o assunto de interesse de 7,30% e a mobilidade urbana e trânsito preocupam apenas 2,3%
A preocupações mudam de acordo com a região da pesquisa, mas saúde e educação são maioria em todas as áreas pesquisadas. Chama atenção o fato de as enchentes, um problema que incomodou por anos os moradores da cidade, não aparecer em destaque. A região em que o tem uma relevância maior é em Itapoã, com 13,10%.

Como não há ocorrências de grandes chuvas na cidade há um bom tempo, o tema parece ter saído da lista de prioridades dos moradores. Também na região de Itapoã, está a maior preocupação com a segurança, 32,1%, e a maior em relação à saúde, com 67,1% dos entrevistados apontando esse tema para entrar nos debates durante a campanha.
A segurança foi a bandeira de campanha do atual prefeito Rodney Miranda (DEM), que agora aposta na construção de um discurso de honestidade, que pode atender o interesse da fatia do eleitorado preocupado com combate à corrupção. O tema, que até a eleição passada não mobilizava os eleitores, entra na agenda dos candidatos devido aos episódios envolvendo a política nacional.
Saúde e educação também foram os temas escolhidos por eleitores de diferentes graus de escolaridade de classe social. Mas geração de empregos mobiliza mais entre as camadas mais baixas da população e com menos escolaridade. Já o desenvolvimento econômico está na lista de prioridades das classes mais altas e com mais escolaridade.
Mas para levar o debate sobre esses temas para o eleitor, os candidatos terão que superar um obstáculo. É que boa parte dos entrevistados não pretende acompanhar a propaganda eleitoral. O dado foi observado na pesquisa Brand/Século Diário e mostrou que o número de pessoas que vão assistir aos programas eleitorais é bem próximo dos que não vão acompanhar.
Segundo a pesquisa 46,5% vão acompanhar apenas pela TV e 45,8% não querem acompanhar e apenas 4,5% pretendem acompanhar tanto pelo rádio quanto pela TV e outros 2,8% vão acompanhar apenas pelo rádio.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob nº ES-06460/2016. Foram entrevistados 400 eleitores residentes em Vila Velha entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro máxima estimada é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos. A responsabilidade técnica pela amostra é da estatística Miriam Ignácio de Almeida.